Na véspera do Carnaval, em debate com o vice-governador Raul Henry, no programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, nesta sexta-feira, o deputado Silvio Costa Filho (PRB) criticou a tentativa de aproximação do PSB com o PT, que podem estar juntos na eleição de outubro. “O governo Paulo Câmara e seus representantes na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, além do próprio governador e do prefeito Geraldo Júlio, passaram os últimos três anos responsabilizando o PT pelas dificuldades e problemas enfrentando em Pernambuco; votaram coesos pelo impeachment da presidenta Dilma, dizendo que o PT acabou com o País, que a política econômica e fiscal do PT jogou o Estado numa grande crise.

Disseram que a crise vivenciada pelo Estado era culpa do PT e agora querem se aliar a esse mesmo PT para disputar o governo.

O que mudou?”, perguntou, em tom crítico.

Depois do debate, o líder da Oposição na Alepe reproduziu as declarações nas suas redes sociais, reforçando as críticas ao PSB.

Além do novo posicionamento do PSB, Silvio também afirmou que o ajuste fiscal de Pernambuco existe apenas na retórica do PSB, recorrendo a números do próprio balanço orçamentário do Estado, que aponta um comprometimento de 48,97% da Receita Corrente Líquida com a folha de pagamentos, um déficit nas contas previdenciárias de R$ 2,49 bilhões, R$ 1,47 bilhão de débitos com fornecedores rolados do ano passado para este ano, além de baixos investimentos em relação à estados vizinhos, como a Bahia e o Ceará. “No ano passado, os investimentos de Pernambuco representaram apenas 5,3% da Receita Corrente Líquida, enquanto a Bahia investiu 8,29% e o Ceará, 11,96%, mais que o dobro de Pernambuco”, destacou.

Silvio cobrou promessas do programa de governo de Paulo Câmara, afirmando que menos de 30% foram cumpridas e lembrou as mais de 1.500 obras paradas citadas em relatório do Tribunal de Contas do Estado. “Ainda não foram concluídas obras como os corredores do BRT, o projeto de navegabilidade do Capibaribe, os 20 Compaz, o bilhete único.

Não vou nem falar da promessa de dobrar o salários dos professores, porque entendo a delicada situação fiscal que o Estado vive, mas o PSB fez um conjunto de promessas que não podia cumprir”, disse.