Líderes de cinco partidos de oposição ao governo Michel Temer (MDB) se reuniram nesta quarta-feira (7) na sede do PDT, em Brasília, para lançar uma frente parlamentar contra a reforma da Previdência e pela candidatura do ex-presidente Lula (PT).

Além disso, anunciaram que integrantes de PT, PSB, PDT, PCdoB e PSOL obstruirão a votação da reforma, prevista para o dia 20.

O grupo de centro-esquerda deve ser lançado durante o Fórum Social Mundial, em Salvador, entre os dias 13 e 17 de março, mas os parlamentares afirmaram que as ações devem começar após o Carnaval.

O líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), admitiu que há divergências entre os partidos, mas disse que eles têm uma pauta única. “Uma coisa está clara para nós nesta volta do recesso parlamentar e depois da condenação de Lula: vamos aumentar a nossa resistência e poder de fogo no Congresso Nacional e nas ruas contra essa nefasta reforma da Previdência e contra a privatização da Eletrobras, cuja proposta já está na Câmara dos Deputados”, afirmou.

Além do PT, que lançou o nome de Lula à presidência apesar da condenação dele em segunda instância, têm pré-candidatos ao Palácio do Planalto o PDT, Ciro Gomes, e o PCdoB, Manuela D’Ávila.

O PSOL articula Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), e o PSB chegou a negociar com Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), mas hoje conversa com Lula e Ciro. “A nossa unidade de ação é a chave para fazermos a resistência à agenda de retirada de direitos e desnacionalização da nossa economia do ilegítimo governo Temer e viabilizar um projeto progressista, avançado, que possa vencer as eleições e retomar o caminho do desenvolvimento com inclusão popular no Brasil”, afirmou a presidente do PCdoB, Luciana Santos (PE).