Por unanimidade, 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quarta-feira (31) mais um pedido exceção de suspeição da defesa do ex-presidente Lula (PT) contra o juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que o condenou em um processo e deve julgá-lo em mais quatro.
A solicitação do advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, desta vez havia sido no caso do sítio em Atibaia.
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O relator do caso, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, porém, considerou que as questões apresentadas e que atestariam a quebra de imparcialidade do juiz já foram exaustivamente analisadas pela 8ª Turma em outras ações semelhantes propostas pela defesa de Lula.
Nesse processo, Lula é réu desde agosto do ano passado, acusado pela força-tarefa da Operação Lava Jato de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) acusou o ex-presidente de receber vantagem indevida da Odebrecht – R$ 700 mil – e da OAS – R$ 170 mil – através de reformas na propriedade, em São Paulo.
O pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, teria pago R$ 150.500. » CUT articula greve a favor de Lula e contra reforma da Previdência » Moreira Franco nega comemoração com Temer por condenação de Lula » DEM avança sobre possíveis aliados de Lula para viabilizar Rodrigo Maia » Lula: ‘Quanto mais me perseguem, mais subo nas pesquisas’ » Ritmo do TRF-4 indica recurso de Lula julgado em março Há uma semana, a 8ª Turma do TRF4 manteve a primeira condenação de Moro contra Lula, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Os desembargadores do tribunal ainda aumentaram a pena do ex-presidente de nove anos e seis meses de prisão para 14 anos e um mês, determinando que seja cumprida quando se esgotarem os recursos na segunda instância.
Lula entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar a prisão, mas o pedido foi negado.