Agência Brasil - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (29) que o governo federal não tem plano B sobre a reforma da Previdência.
Ele afirmou que o governo está confiante de que até fevereiro alcançará o mínimo de 308 votos necessários entre os 513 deputados para aprovar no Congresso Nacional a emenda constitucional que altera as regras de acesso à aposentadoria. “Não existe B.
Nosso plano é o plano “A”, de aprovação da reforma ainda em fevereiro. (….) A estratégia do governo é que no dia da votação teremos os votos necessários para aprovação.
Não trabalhamos com essa hipótese [de não ter os votos], enfatizou Marun.
LEIA TAMBÉM » Se houver a reforma da Previdência, não haverá novos impostos, diz Temer » Temer: situação no Congresso é melhor para aprovação da reforma da Previdência » Reforma da Previdência não alcança os mais pobres, diz Temer a Sílvio Santos Depois de se reunir nesta segunda-feira com representantes de várias federações da indústria, instituições financeiras, de saúde, entre outros, Marun relatou que o setor empresarial reforçou o apoio à “modernização da Previdência”.
O encontro, segundo o ministro, é uma das ações preparatórias para a chegada dos parlamentares ao longo da semana para iniciar a discussão da proposta em plenário no próximo dia 5 de fevereiro.
Questionado sobre o que dá tanta segurança ao governo, Marun respondeu que a confiança vem das articulações políticas e da mudança de percepção da sociedade sobre a reforma.
Para o ministro, as críticas à proposta estão localizadas principalmente em editorias de política dos jornais e em grupos que são privilegiados no sistema previdenciário atual.
Ele destacou que o setor econômico já manifestou a importância das mudanças empreendidas pelo governo. » Publicação do governo Temer sobre a Previdência cria polêmica » Rombo na Previdência atingiu a marca recorde de R$ 268,8 bi em 2017 » Temer quer votar Previdência em fevereiro mesmo que ‘para perder’ Marun afirmou ainda que a base aliada do governo na Câmara “voltou ao patamar de votos” de maio do ano passado, antes da chegada das duas denúncias de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa contra o presidente Michel Temer no Congresso Nacional.
O governo trabalha com uma margem de apoio de cerca de 270 parlamentares e tenta convencer pelo menos 50 deputados. “O que temos hoje de diferente?
Primeiro, uma proximidade maior das eleições, que a princípio poderia atrapalhar, mas temos um fator positivo que é o fato de que a população, muito mais do que naquele momento, se predispõe a apoiar a reforma.
Eu diria que, desde maio, não vivemos um momento tão positivo como hoje estamos vivendo para aprovação dessa reforma”, disse. » Temer calcula ter R$ 30 bilhões para aprovar reforma da Previdência » Maia quer mais envolvimento de governadores para aprovar Previdência » Temer volta a caminhar, agora com ministros, e diz debater Previdência Marun considerou que o presidente Michel Temer se saiu muito bem na defesa da reforma durante as recentes entrevistas concedidas para emissoras de televisão e rádio.
O ministro sinalizou que iniciativas desta natureza poderão prosseguir ao longo dos próximos dias como forma de buscar apoio popular para a reforma.
A leitura do relatório da reforma no plenário da Câmara e o início das discussões em torno da proposta estão previstas para semana que vem.
A votação da reforma está marcada para depois do Carnaval, no dia 19 de fevereiro.