A Agência Sindical ouviu diversos sindicalistas.

Ele safirmam que a crise para indicar o titular do Ministério do Trabalho expõe uma situação crítica na Pasta, que se agrava continuadamente.

Eles dizem que a grita é geral. “O ministério é muito importante para o País.

Infelizmente, vem perdendo a força, tem as atribuições diminuídas e fica ao sabor de negociatas”, disse Paulo Ferrari, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios e Condomínios de São Paulo.

Ele cobrou uma postura mais ativa do sindicalismo, a fim de recuperar o protagonismo da Pasta. “As Centrais deveriam ser ouvidas, pra se buscar uma redefinição de rumos.

A Pasta não está voltada às demandas das categorias.

Esse sucateamento reflete a situação do País”, afirmou.

Para o presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo e da UGT-SP, Luiz Carlos Motta, as dificuldades que o ministério enfrenta, há anos, precarizaram sua estrutura, situação agravada pela falta de funcionários e de material básico para o trabalho. “A desvalorização do Ministério, que tem uma história iniciada com Getúlio Vargas, lá na década de 30, condena o órgão ao enfraquecimento. É urgente resgatar sua missão de proteger a classe trabalhadora”, disse. “Esse desmonte também esvazia a Pasta na mediação das relações de trabalho, mesas-redondas e no tocante à atuação por segurança e qualificação profissional”.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, José Pereira dos Santos, é outro que critica o loteamento político da Pasta. “O Ministério do Trabalho não é terra de ninguém onde pode transitar qualquer um.

A Pasta, que já foi comandada por Jango e outros grandes brasileiros, merece mais respeito”.

A Agência Sindical repercutiu artigo de Miguel Torres, presidente dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, e também ouviu Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros e da Federação Nacional da categoria, Luiz Arraes, presidente da Federação dos Frentistas em São Paulo, além de advogados e outros especialistas.