Menos de um mês após inaugurar, com sete anos de atraso, a primeira das cinco unidades do Compexo de Itaquitinga, o governador Paulo Câmara (PSB) foi a Brasília nesta quinta-feira (25) para negociar com o Ministro da Justiça, Torquato Jardim, a transformação em presídio federal.
As articulações vêm desde o ano passado.
O socialista também se reuniu com o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Segundo o governo estadual, uma equipe técnica do ministério fez uma vistoria em dezembro do ano passado em Itaquitinga como parte do processo de análise da viabilidade. “O Ministério da Justiça tem interesse, e as equipes técnicas vão estudar o assunto”, afirmou o governador através da assessoria de imprensa após o encontro com Torquato Jardim.
LEIA TAMBÉM » Paulo Câmara inaugura discretamente 1ª etapa de Itaquitinga » 1ª etapa de Itaquitinga deve finalmente sair este mês; 2ª fica para agosto » Itaquitinga finalmente está saindo do papel » Fachin manda para Justiça Federal em Pernambuco investigação do presídio de Itaquitinga A construção começou em 2009, ainda na gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB) foi reeleito, como uma das promessas para minimizar a superlotação carcerária no Estado dois anos depois.
Passados oito anos, o sistema pernambucano tem quase 30 mil presos e 11 mil vagas.
Só o Complexo do Curado tem 6,2 mil detentos e 1,8 mil vagas.
O primeiro prédio custou ao Governo de Pernambuco R$ 9.649.201,63.
A unidade tem capacidade para receber mil presos.
O prédio tem, além das celas, ambientes voltados para escola e laborterapia, cozinha, refeitório, lavanderia, padaria e área destinada à saúde.
As paredes internas da administração são de gesso e toda a área externa e demais áreas são de concreto.
Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação Foto: Hélia Scheppa/Divulgação - Foto: Hélia Scheppa/Divulgação A ordem de serviço para a segunda unidade foi assinada este mês, com expectativa de ser concluída até agosto.
O custo deve ser de cerca de R$ 10 milhões. » Empresa que comprou terreno para Instituto Lula é a mesma que atuou na PPP de Itaquitinga » Eduardo Fialho, antigo denunciante sobre PPP de Itaquitinga, pede no STF acesso à delação da Odebrecht Itaquitinga é alvo de denúncias de desvios de recursos públicos ao longo da obra, que foi citada na delação premiada do empresário Marcelo Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato.
Há ainda um inquérito sigiloso do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco para investigar supostas irregularidades no contrato com o Banco do Nordeste, financiador de 30% dos R$ 350 milhões estimados inicialmente para a obra – os outros 70% seriam do Estado. » Governo do Estado achou ‘cemitério’ de paredes de gesso em presídio de Itaquitinga, aponta levantamento » Aldo Guedes pede ao STF cópia da delação da Odebrecht sobre Itaquitinga » MPF já tem inquérito sigiloso sobre Itaquitinga, obra que aparece nas delações da Odebrecht » Antes de morrer, Eduardo Campos disse a Marcelo Odebrecht que desvios de recursos do BNB em Itaquitinga eram ‘questão do PT’ A construção do complexo prisional foi iniciada através de uma Parceira Público Privada (PPP) com o consórcio Reintegra Brasil S.A., formado pelas empresas Advance Construções e Socializa Empreendimentos, que ergueriam as unidades e as administrariam por 30 anos.
Em abril de 2013, o governo oficializou a transferência da operação da Advance para DAG Construções, ligada à Odebrecht, que desistiu da obra ao se deparar com o tamanho das dívidas com fornecedores e com o passivo trabalhista.
A obra de Itaquitinga foi, então, abandonada e ficou paralisada até o ano passado, quando foi decretada a caducidade da PPP pelo descumprimento do contrato.
Houve diversos prazos: junho, agosto, dezembro de 2017 e, agora, janeiro de 2018.
Segundo a Seres, os atrasos foram provocados pelos trâmites burocráticos dos processos licitatórios.