Possível adversário de Lula (PT) nas eleições deste ano, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comemorou ao seu modo, pelas redes sociais, a condenação do ex-presidente em segunda instância.

O parlamentar publicou no seu Facebook oficial uma foto em frente a uma televisão no momento em que o placar estava de dois a zero contra Lula. “Um tiro de .50 na corrupção”, comentou.

O desembargador Gebran Neto, relator, votou pela manutenção da condenação e pelo aumento da pena dos nove anos e seis meses de prisão estabelecidos pelo juiz Sérgio Moro para 12 anos e um mês.

Segundo a votar, Leandro Paulsen, que é revisor e presidente da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) seguiu o magistrado.

Victor Laus concordou.

LEIA TAMBÉM » Por unanimidade, tribunal aumenta pena de Lula » Lula pode ser preso?

E ficar inelegível?

Veja o que dizem especialistas » Relator defende aumento de pena de Lula para 12 anos e um mês » ‘A gente vai voltar e vai transformar esse país’, afirma Lula » Procurador nega processo político e diz que Lula deve ser julgado além do mito Gebran Neto e Paulsen acataram a denúncia da força-tarefa da Operação Lava Jato de que o petista recebeu R$ 2,4 milhões em vantagens indevidas da construtora OAS através de um apartamento triplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.

Apesar disso, a prisão só será pedida após todos os recursos na segunda instância.

O acórdão deve ser publicado na próxima semana.

Cristiano Zanin Martins e advogados (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Cristiano Zanin Martins e advogados (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Advogado René Ariel Dotti, assistente de acusação (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Advogado René Ariel Dotti, assistente de acusação (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Gebran Neto, relator (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Gebran Neto, relator (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Advogado Fernando Augusto Henrique Fernandes, que representa Paulo Okamotto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Advogado Fernando Augusto Henrique Fernandes, que representa Paulo Okamotto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 - Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 - Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 - Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 - Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4 Procurador Maurício Gotardo Gerum (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Procurador Maurício Gotardo Gerum (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Leandro Paulsen (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Leandro Paulsen (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) - Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4) Mesmo com a condenação, a interpretação de especialistas em direito eleitoral consultados pelo Blog de Jamildo é de que Lula poderá disputar as eleições em outubro.

Segundo a professora de direito eleitoral Silvana Batini, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ainda que os advogados de Lula não tenham sucesso na tentativa nos tribunais superiores, o Partido dos Trabalhadores ou a coligação encabeçada pelo PT poderão solicitar o registro da candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com a especialista, o petista poderá fazer campanha enquanto o TSE não negar o pedido. “A inelegibilidade não é reconhecida na condenação criminal, mas apenas na Justiça eleitoral”, explica.

Para o especialista em direito eleitoral Luiz Fernando Pereira, não haverá a antecipação da rejeição do pedido de candidatura ao TSE. “Não há nenhuma margem legal para o indeferimento antecipado do registro da candidatura de Lula.

Nunca houve indeferimento antecipado de registro na história das eleições brasileiras”, afirma.

O PT marcou uma reunião com os dirigentes estaduais em São Paulo, nesta quinta-feira (25), para oficializar a pré-candidatura de Lula.