As fortes chuvas que atingiram a região metropolitana causaram vários alagamentos.
Um dos pontos de alagamento, segundo a Rádio Jornal, é o Canal do Fragoso, em Olinda.
O transtorno para a população, contudo, poderia ser evitado.
Como o Blog de Jamildo divulgou ontem (18), o TCE enviou esta semana um alerta ao Governo do Estado sobre a paralisação da obra.
Assinado pela conselheira Teresa Duere, o documento apontava o risco de uma nova inundação no local, como a ocorrida em maio de 2016.
A obstrução do fluxo de águas fluviais é responsável por alagamento de grande parte da cidade.
O prefeito de Olinda, Professor Lupércio (SD), já chegou a cobrar a continuidade das obras ao Estado.
Orçadas em 100 milhões, esta etapa da obra é de responsabilidade da CEHAB, companhia estadual de habitação.
O TCE alerta que a obra está paralisada e pode virar um “elefante branco”.
Veja o que o Blog de Jamildo, ontem, sobre o alerta do TCE: TCE vê risco de elefante branco no Canal do Fragoso, que está paralisado Em ofício enviado ao Governo de Pernambuco, a conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Teresa Duere alertou sobre a paralisação das obras do Canal do Fragoso, em Olinda.
A construção também estava paralisada e o canal obstruído em maio de 2016, quando uma chuva provocou alagamentos em diversos bairros da cidade. “É imprescindível redobrar os esforços, pois notadamente há um iminente risco de a obra do Canal do Fragoso II se tornar um grande ‘elefante branco’, sem atingir a finalidade pública para a qual foi projetada e contratada, não atendendo à demanda daquela população necessitada e gerando um enorme prejuízo ao erário, passível inclusive de ressarcimento”, escreveu no documento.
O ofício foi encaminhado ao presidente da Companhia Estadual de Habitação (Cehab), Raul Goiana. “Há que se ressaltar que, caso não sejam envidados os esforços necessários à retomada, no ritmo adequado, e conclusão da obra, serão aplicadas as sanções cabíveis a todos os responsáveis”, disse.
O TCE convocou, em janeiro de 2017, a formação de um grupo de trabalho que envolveu vários órgãos do Governo do Estado e da Prefeitura de Olinda.
Durante o ano passado, foi feita a desobstrução do canal, evitando uma nova enchente durante o período de chuvas.
Agora, segundo o tribunal, apesar de obras pontuais, o serviço para resolver o problema da obstrução continua parado.
O órgão ainda apontou que já encaminhou mais de um alerta ao governo, sem que haja uma solução, e anunciou a saída do grupo de trabalho. “Diante dessa situação de entrave nas decisões, a ação pedagógica se torna ineficaz”, afirmou Duere.
A conselheira recomendou que o Estado providencie os recursos para a desapropriação de imóveis tanto para a conclusão do Canal do Fragoso quanto para a Via Metropolitana Norte; faça o levantamento de todos os entraves ao fim da obra e faça a readequação de alguns projetos.
A obra se arrasta desde 2013.