Estadão Conteúdo - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, disse não ter sido informado sobre “ameaças concretas” a magistrados que julgarão Lula na próxima quarta-feira (24), em Porto Alegre.
Jardim falou com a imprensa no Palácio Piratini, na tarde desta sexta-feira (19), após assinar um convênio com o governo do Estado do Rio Grande do Sul e o município de Charqueadas para a construção de um presídio federal.
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No entanto, Jardim evitou detalhar as ameaças notificadas pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) - o Tribunal da Lava Jato.
Foto: Ariel Lopes/ TRF4 “Não houve informação oficial.
Estamos acompanhando o que está na internet para saber a plausabilidade”, disse o ministro, evitando entrar no mérito sobre a origem das supostas ameaças.
Ainda assim, Jardim ressaltou haver “muito discurso agressivo prometendo ações ilegais”. » Outdoors do MBL em Porto Alegre pedem ‘Lula na cadeia’ » MPF vai pedir o aumento da pena de prisão de Lula no julgamento » ‘Duas ameaças foram recebidas’, disse Veloso sobre julgamento de Lula » Lula evoca guerra de Canudos ao criticar presidente do TRF-4 O governo federal colocou à disposição 130 homens da Força Nacional para atuar em Porto Alegre até o dia do julgamento.
A Polícia Rodoviária Federal está mobilizada para fazer revistas em ônibus em todos os acessos à capital gaúcha.
A Polícia Federal atuará na proteção dos magistrados.
Ainda na tarde desta sexta, o ministro iria se reunir com o presidente do TRF-4 para tratar do esquema de segurança para o julgamento.
O secretário estadual de segurança Pública, Cezar Schirmer, acompanha as reuniões.
A Brigada Militar será responsável pela proteção de prédios públicos, além da segurança nas ruas.
Schirmer destacou o esforço da secretaria em se reunir com movimentos sociais e partidos políticos no intuito de garantir que as manifestações sejam pacíficas.