Durante viagem oficial aos Estados Unidos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), defendeu um envolvimento maior dos governadores na definição da agenda das reformas. À Rádio Nacional, Rodrigo Maia deu destaque à reforma da Previdência e afirmou que o governo continua na busca pelos votos necessários para aprovação da matéria. “O governo precisa reconstituir a base.
Na ordem de 320 deputados.
O governo deve ter, na base, algo em torno de 250, 260 deputados.
Tem que recuperar para 330 para trabalhar os 308 votos”, disse o presidente da Câmara, que ainda deve se encontrar com autoridades, políticos e empresários no México.
Rodrigo Maia ressaltou que o governo precisa ter mais articulação se quiser aprovar a reforma da Previdência. “A gente sabe que uma reforma da Previdência precisa do comando do governo.
Não tem como se aprovar uma reforma da Previdência se o governo não tiver uma base organizada”, comentou.
A votação do texto da reforma está agendada para o dia 19 de fevereiro.
Entre as sugestões de mudanças nas regras para se aposentar, está a que trata da idade mínimia.
De acordo com a matéria, as mulheres receberiam o benefício aos 62 anos de idade.
Já os homens, aos 65.
O problema é que, atualmente, os brasileiros se aposentam muito cedo. “Você tem pessoas que estão se aposentando muito cedo.
No mundo inteiro já se prova, através de experiências, que esse não é um fator a ser desprezado para o equilíbrio das contas.
Então eu colocaria a idade mínima em alguma ordem de prioridades da reforma da Previdência”, avaliou o economista e professor da Universidade de Brasília, César Bergo.
Por isso, na visão do especialista, estabelecer uma idade mínima para ter acesso ao benefício é essencial para o equilíbrio das contas públicas.
Projeções do Tesouro Nacional apontam que o rombo no setor previdenciário pode ter chegado a R$ 181,6 bilhões, no ano passado.
Em 2016, o déficit R$ chegou a 149,73 bilhões, prejuízo 74,5% maior do que o registrado em 2015.
Com informações da Agência Rádio Mais