O emprego na indústria brasileira cresceu 0,3% em novembro na comparação com outubro do ano passado, na série livre de influências sazonais.
Foi o terceiro mês consecutivo de melhora no emprego.
A taxa de crescimento de 0,3% foi a maior registrada desde novembro de 2014, informa a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira, 16 de janeiro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As horas trabalhadas na produção também aumentaram 0,6% em novembro frente a outubro na série de dados dessazonalizados, revertendo a queda registrada no mês anterior.
Além disso, a utilização da capacidade instalada subiu para 78,3% , o maior nível desde fevereiro de 2016, também com ajuste sazonal.
Com isso, a ociosidade na indústria recuou para 21,7%.
No entanto, os demais indicadores de novembro são negativos.
O faturamento caiu 0,6%, a massa real de salários recuou 0,8% e o rendimento médio do trabalhador diminuiu 0,5% na comparação com outubro, na série livre de influências sazonais. “Embora alguns dados mensais sejam negativos, os resultados positivos estão ficando mais frequentes”, observa o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Isso indica que a atividade industrial está se recuperando lentamente.
Azevedo destaca que no acumulado de janeiro a novembro de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, todos os indicadores, com exceção do rendimento médio real dos trabalhadores, apresentam quedas.
Nesta base de comparação, o faturamento diminuiu 0,7%, as horas trabalhadas na produção caíram 2,3%, o emprego recuou 2,9% e a massa real de salários encolheu 2%.
O rendimento médio do trabalhador aumentou 1%, favorecido pela queda da inflação.