Por Eduardo Tardelli, em artigo enviado ao blog 2017 foi um ano intenso no cenário político e econômico no Brasil.
Vimos diversas acusações, prisões, delações premiadas, omissões, e nenhuma certeza de que os corruptos pagarão, de fato, por seus atos.
Existe um ponto curioso nesse meio, como os investigadores conseguem mapear todas as ações dos envolvidos em escândalos e roubos?
Como ter acesso aos dados que evidenciam tais crimes?
Eliminar esse gap não é fácil, mas os órgãos públicos estão sempre trabalhando para aprimorar esse processo tão árduo de juntar todas as peças deste enorme quebra-cabeça.
Para apoiá-los, hoje já é possível contar com a expertise de empresas que desenvolvem soluções capazes de cruzar grandes volumes de dados (big data) e utilizar os avanços da computação em nuvem atrelada à inteligência artificial para ajudar no combate à corrupção.
Temos um exemplo recente do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que inaugurou um laboratório de tecnologia contra a lavagem de dinheiro.
Ao meu ver, o uso de ferramentas tecnológicas são grandes aliadas contra o avanço da corrupção e impactam positivamente toda a população.
Por meio do cruzamento de dados, é possível fazer uma análise mais precisa e profunda das informações que levam a fatos e provas e agilizam alguns processos de investigações de crimes, como a corrupção e lavagem de dinheiro, por exemplo.
A utilização de soluções inteligentes é uma das principais saídas que resultam em ganhos para todos os lados, tanto para a população quanto para quem trabalha arduamente todos os dias para desvendar os mistérios e armadilhas que envolvem, por exemplo, a Operação Lava Jato (grande case de investigação de 2017).
As instituições ganham maior controle, governança e visibilidade, e os agentes, um aliado poderoso e eficiente capaz de automatizar e monitorar todos os processos, tarefa humanamente inviável se feita manualmente, demandando soluções tecnológicas mais inteligentes.
Para se ter uma ideia, a plataforma upMiner da empresa upLexis tem acesso a mais de 500 fontes de informações públicas e privadas, entre pessoas físicas e jurídicas.
Por meio da ferramenta, os órgãos governamentais conseguem ter acesso a todos os dados necessários para abrir ou concluir investigações importantes, de forma rápida, segura e precisa.
Por fim, vale ficar atento à movimentação dessas tecnologias, que vieram para ajudar ainda mais no combate à corrupção do nosso país.
Eu pessoalmente acredito que a corrupção possa ser combatida através de maiores controles e educação no campo da ética e moral, investindo constantemente em compliance e tecnologia.
O homem pode sucumbir ao suborno e à fraude, mas uma máquina ou programa de computador jamais.
Tenho certeza que boas notícias nos esperam nos próximos meses, basta acreditarmos na competência de quem está à frente das negociações e na eficiência evolutiva dessas soluções.
Afinal, o que nós queremos é um país livre de roubalheiras e políticos corruptos!
Eduardo Tardelli é CEO da upLexis, uma empresa de software que desenvolve soluções de busca e estruturação de informações extraídas de grandes volumes de dados (Big Data) extraídos da internet e outras bases de conhecimento, correlacionando estas informações e gerando relatórios gráficos e analíticos para a melhor tomada de decisão.