O presidente da CUT Pernambuco, Carlos Veras, candidato a deputado federal pelo PT, também esteve presente no ato.

Os metalúrgicos de Pernambuco fecharam as vias de acesso a Suape, na manhã desta segunda-feira (08), como forma de protesto pelos trabalhadores do Estaleiro Atlântico Sul (EAS).

O ato interrompeu o fluxo das duas vias de acesso ao Complexo Portuário de Suape, na Curva do Boi, causando engarrafamentos quilométricos nos dois sentidos.

O Sindmetal-PE pediu que a gestão da empresa forneça o reajuste do ticket, acordado desde setembro durante a Campanha Salarial, equivalente a R$ 50, mas que ainda não foi feito o repasse.

O protesto começou às 7h seguindo até 9h40, quando a pista foi liberada com o apoio do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.

Logo após o ato, uma comissão formada por dirigentes sindicais foi recebida pelo Estaleiro Atlântico Sul. “Além disso, estamos recebendo muitas denúncias sobre a prática de assédio moral, com agressões físicas, inclusive, e os constantes acidentes de trabalho, que mostram a ineficiência das chefias.

Há ainda, casos de demissões de pessoas doentes e mais velhas, prestes a se aposentar”, disse o presidente do Sindmtal-PE, Henrique Gomes. “Apesar de o acordo ter sido feito durante a campanha salarial, e aplicado por todas as empresas para os trabalhadores e trabalhadoras da categoria, a gestão do EAS tem pedido uma contrapartida para reajustar o benefício, que seria a criação de um terceiro turno de trabalho.

Isso não existe e não vamos aceitar”, acrescentou.“Não vamos permitir que a nossa categoria seja humilhada e desvalorizada.

Estamos unidos por nenhum direito a menos”, disse.

Carlos Veras, candidato a deputado federal pelo PT, falou sobre a necessidade da organização dos trabalhadores para que haja uma resposta do EAS. “É preciso que o trabalhador esteja unido contra os desmandos e retiradas de direitos.

Que nenhuma empresa esqueça o poder do trabalhador organizado.

Hoje, estamos mostrando a eles que existe luta, com a adesão dos homens e mulheres que estão aqui presentes”, afirmou Carlos Veras.

Atualmente, o ticket é de R$ 350 e os metalúrgicos lutam para que seja reajustado para R$ 400, com retroativo ao mês de setembro.