Não está em análise no Ministério da Defesa o pedido do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), para que a cidade receba o reforço do Exército e da Força Nacional no dia 24, quando haverá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) o julgamento do ex-presidente Lula (PT).

Procurado pelo Blog de Jamildo, o chefe da pasta, Raul Jungmann, afirmou que, pela Constituição, não cabe ao prefeito, e sim ao governador - no caso, José Ivo Sartori (PMDB) -, fazer a solicitação. “Se consultado, direi não haver necessidade de emprego das Forças Armadas”, disse Jungmann.

Para o ministro, as polícias locais têm condições de cuidar da segurança nesse caso e cabe a elas fazer esse trabalho.

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No pedido, Marchezan Júnior diz considerar ameaças de “de ocupação de espaços públicos municipais pelos diversos movimentos sociais que manifestaram-se publicamente nesse sentido". “Devido às manifestações de líderes políticos que convocam uma invasão em Porto Alegre, tomei essa medida para proteger o cidadão e o patrimônio público”, disse. » Lula diz ao PT que irá ao julgamento no TRF-4 » País não vai tremer se Lula for condenado, avalia FHC » MST não poderá acampar perto do TRF-4 no julgamento de Lula » É importante para o Brasil que Lula seja candidato, diz Paulo Câmara Está proibida por decisão judicial uma ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Parque da Harmonia, em frente ao TRF4, até três dias depois do julgamento.

Outras manifestações são permitidas.

Lula foi condenado, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, um dos seis processos que enfrenta na Operação Lava Jato.

Se a condenação for confirmada, Lula pode ser impedido de disputar a eleição presidencial este ano.

O ex-presidente, que pretende voltar a concorrer em outubro, afirmou que vai ao julgamento no próximo dia 24.