Os médicos da Prefeitura do Recife voltam a paralisar suas atividades profissionais nesta segunda-feira (8), como forma de protesto contra o que classificam de descaso da gestão do município com a saúde pública.

Com a paralisação, que segue até a sexta-feira (12), podem ficar suspensos os serviços eletivos, ambulatórios, PSFs e CAPs, funcionando apenas os setores de urgência, emergência e maternidade.

O sindicato disse que escalas de trabalho deficitárias, falta de medicamentos e insegurança nas unidades de saúde, além da falta de recursos humanos e reajuste salarial, são algumas das reivindicações dos profissionais.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Tadeu Calheiros, disse lamentar a demora por uma resposta da Prefeitura do Recife. “As reiteradas paralisações são tentativas de sensibilizar a gestão sobre a questão da saúde municipal.

Há quase um ano que estamos tentando negociar com a gestão da cidade, mas apesar de haver diálogo, falta uma proposta efetiva e justa.

Infelizmente, a possibilidade da categoria entrar em greve por tempo indeterminado é cada vez mais real”, afirmou Tadeu.

No primeiro dia de paralisação, acontecerá a Ação de Saúde e Cidadania no Parque Treze de Maio, área central do Recife.

Profissionais da área estarão realizando atendimento de saúde gratuito à população, como aferição de pressão e glicose, das 9h às 14h.

A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da categoria, marcada para a sexta-feira (12), na sede da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), encerra a semana de paralisação dos médicos.

No encontro, serão discutidas as novas ações da categoria.