A reforma das leis trabalhistas, aprovadas em 13 de julho de 2017 e que entraram em vigor em 11 de novembro, apesar de provocar discussões acalororadas e nem por isso menos necessárias, para Flávio Ítavo, gestor formado em Administração pela FGV/FAAP, pós graduado em Marketing pela ESPM, podem ser um novo motor para o crescimento do mercado.

Segundo ele, para que o mercado tenha um andamento mais claro e justo, e que empresas e empreendedores possam crescer com mais sustentabilidade, é preciso regras mais equilibradas naquilo que sempre se chamou de “justiça trabalhista”, mas que durante muito tempo acabou sendo muito desgastante para o empresário. “A legislação trabalhista já causou muitas dores de cabeça mesmo para empresas que operam 100% dentro da lei.

A reforma é o começo de uma transformação que pode equilibrar os pratos”, explica. “Também há o ponto no qual se o empreendedor não tiver que gastar tanto tempo e dinheiro na defesa de coisas injustamente demandadas, ficará muito mais motivado e com muito menos medo de investir.

Isto a médio prazo diminui o desemprego e aquece a economia”, diz o especialista. “É preciso lembrar que direitos básicos dos trabalhadores, conquistados com tanta luta, não foram modificados, como o recebimento do FGTS, as férias de 30 dias, o descanso semanal remunerado e o 13.º salário, todos direitos constitucionais". “O que é necessário é fazer com que as regras não sejam um toma lá dá cá e que não deem abertura para atitudes desonestas que visam apenas extorquir “direitos”.

Empresários e trabalhadores podem, assim, criar uma relação mais sustentável e harmônica, o que é excelente para o novo momento do mercado”.