Na semana passada, as iraquianas Majida Shammo, de 22 anos, e Eida Haji, de 28, acompanhada do filho, foram interceptadas quando tentavam embarcar para a Espanha com passaportes falsos de Israel.

Elas afirmaram que tinham intenção de pedir refúgio no país europeu.

As mulheres informaram à Polícia Federal que os dados dos passaportes são verdadeiros, mas o documento é falso porque elas não são nascidas em Israel.

Também disseram que todos os passaportes falsos foram comprados por Majida com dinheiro fornecido pelo pai dela.

Os documentos, que custaram US$ 100 (cada um, no casos das estrangeiras) e US$ 50 (o da criança), foram adquiridos na Turquia.

Pois bem.

Nesta quarta- o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), informou que, em parceria com a Arquidiocese de Olinda e Recife, abrigou as duas mulheres e a criança de 6 anos que entraram com pedido de refúgio no Brasil após serem pegas com passaportes falsos no Aeroporto Internacional do Recife, na madrugada do último sábado (30/12).

Os três ficarão hospedados na comunidade Obra de Maria, no bairro da Várzea, até a apreciação e parecer do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em Brasília, que analisará a viabilidade do pedido de asilo.

O anúncio da ajuda humanitária ocorre apenas um dia depois do arcebispo de Olinda e Recife criticar Temer, adversário de Paulo Câmara.