Estadão Conteúdo - O deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) não vai mais assumir o Ministério do Trabalho.
Ele foi comunicado nesta terça-feira (2) pelo Palácio do Planalto e deve divulgar nota em breve, em nome do PTB.
O presidente da República, Michel Temer, telefonou para o presidente do PTB, ex-deputado Roberto Jefferson, e disse que o ex-presidente José Sarney vetou a nomeação de Fernandes.
Sarney controla o MDB no Maranhão e pediu para Temer não nomear Fernandes para não fortalecer politicamente um adversário local Fernandes não vai se candidatar à reeleição, em prol da candidatura do filho Pedro Lucas, que é secretário estadual no governo Flávio Dino (PCdoB-MA), adversário histórico do MDB e do clã Sarney no Maranhão.
O PTB é base do governo Dino, e Pedro Lucas comanda a Agência Executiva Metropolitana.
LEIA TAMBÉM » Antes de deixar cargo, Nogueira publica nova portaria sobre trabalho escravo » Pedro Fernandes diz que foi convidado e assumirá Ministério do Trabalho » Roberto Jefferson confirma indicação de Pedro Fernandes para pasta do Trabalho » Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho, pede demissão Temer pediu a indicação de um novo nome pelo PTB, o que ainda não ocorreu formalmente.
O ministro anterior, deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), foi exonerado a pedido, alegando que irá preparar sua campanha à reeleição, em meio a suspeita de irregularidades em contratos de informática do ministério.
A posse de Fernandes ocorreria na quinta-feira (4).
O PTB quer evitar outras indicações e desistências consideradas abruptas, por causa de composições eleitorais regionais. “Vamos aguardar.
Não temos pressa, para não parecer que o nome do Pedro Fernandes pode ser descartado assim.
Vamos deixar decantar a crise por uns dez dias.
Até que tenhamos nome de consenso, bem medido e remediado, o secretário executivo (Helton Yomura) pode ir muito bem tocando seu trabalho como ministro interino”, disse Jefferson.
Em nota, a assessoria de imprensa de Sarney disse que ele “não foi consultado e não vetou o deputado Pedro Fernandes”.
O ministro anterior, deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), foi exonerado a pedido, na última sexta-feira.
Ele pediu demissão argumentando que iria preparar sua campanha à reeleição na Câmara, em meio a suspeita de irregularidades em contratos de informática do ministério, apontados pela Controladoria-Geral da União (CGU).