O empresário João Carlos Paes Mendonça lamentou, na manhã desta terça-feira (2), a morte do ex-ministro Armando Monteiro Filho, que faleceu aos 92 anos, em sua residência, no Recife.

O patriarca da família Monteiro vinha há alguns anos com a saúde abalada, desde que fraturou o fêmur, o que o deixou numa cadeira de rodas. “O Estado e o País perdem um grande homem.

Era um empresário e um político que, como poucos, sabia defender suas ideias de forma habilidosa.

Tinha como marca fazer amigos e ser respeitado por onde passou.

Certamente, fez história na política e no mundo empresarial”, disse o presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC).

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A partir das 20h, o velório será no Morada da Paz.

Haverá uma missa nesta quarta-feira (3), no cemitério, às 10h.

A cerimônia de cremação será às 11h, reservada para a família.

Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP) O presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP), Múcio Aguiar, divulgou uma nota sobre o falecimento de Armando Monteiro Filho.

Confira. “A Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP) expressa seu pesar em razão do falecimento do empresário e ex-ministro Dr.

Armando Monteiro Filho.

Guardaremos na memória o exemplo de homem público e empresário, cuja trajetória muito honrou Pernambuco. É impossível estudar a redemocratização do Brasil sem lembra-lo, visto seu importante papel no governo Goulart e na chapa de Miguel Arraes.

A eternidade brinda hoje o reencontro desses três grandes líderes da nacionalidade.

Nossas condolências aos familiares e amigos.

Múcio Aguiar Presidente” Armando Filho começou na política estudantil e foi deputado e ministro Filho de Armando de Queiroz Monteiro e de Maria José Dourado de Queiroz Monteiro, ele estudou engenharia na Universidade do Recife, ingressando em 1945.

Participou ativamente da política estudantil, tendo sido eleito deputado estadual por Pernambuco em 1950, pelo PSD.

Não conseguiu assumir por causa do parentesco com o governador eleito, Agamenon Magalhães, que era seu sogro.

O primeiro cargo exercido por Armando Filho na vida pública foi no ano seguinte, como secretário estadual de Viação e Obras Públicas, quando também foi eleito primeiro suplente na Assembleia Legislativa.

Ele foi secretário até 1954, ano em que deixou o governo para assumir a vaga como deputado estadual e foi o mais votado para a Câmara.

No segundo mandato como parlamentar federal, em 1959, foi um dos articuladores da criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico do Nordeste, base para a constituição da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em 1959.

Em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, Armando Monteiro Filho se posicionou pelo regime parlamentarista para garantir a presidência a João Goulart, que era vice.

Ele foi, então, nomeado ministro da Agricultura.

Durante a ditadura militar, com o golpe de 1964, todos os seus amigos estavam na Arena, partido do regime, e, no entanto, preferiu permanecer na oposição, através do MDB, partido em que ficou até 1979, quando se filiou ao PDT.

Ele voltou ao PMDB em 1998.