Estadão Conteúdo - Poucos brasileiros talvez saibam o que vem a ser Krav Maga, qual é a capital do canto de coral e quem é o patrono da urologia no Brasil.
Os deputados, no entanto, não apenas sabem como criaram leis, sancionadas na última quinta-feira (21) pela presidência, para homenageá-los.
No “sprint final” de 2017, a Câmara viu o presidente Michel Temer confirmar uma série de projetos que tinham sido aprovados pela Casa havia mais de três anos.
Em sua maioria, datas comemorativas, títulos de honra e outras homenagens.
O presidente sancionou uma lei de autoria do deputado Dr.
Jorge Silva (PHS-ES) designando o presidente Juscelino Kubitschek como patrono da urologia no Brasil. “Antes de ser presidente, Juscelino foi um grande urologista em Minas Gerais”, disse Silva, que propôs a lei em 2014, e também é urologista.
Juscelino Kubitschek (Foto: Palácio do Planalto) Alguns projetos são suficientemente antigos para que seus proponentes não sejam mais deputados.
Temer sancionou, por exemplo, uma lei de autoria do ex-deputado e lutador de boxe Acelino Popó Freitas (PRB-BA), que transforma o dia 18 de janeiro no Dia do Krav Maga (um tipo de luta desenvolvida em Israel).
Outro ex-parlamentar que vai emplacar um dia comemorativo é o ex-deputado por Pernambuco Paulo Rubem Santiago Ferreira (quando propôs a lei era do PDT; hoje está no PSOL). É de autoria dele a inclusão do Dia do Palhaço no calendário das efemérides nacionais (10 de dezembro).
Canto coral e sementes Na mesma onda, algumas cidades ganharam títulos importantes.
O município de Teutônia, no Rio Grande do Sul, levou o título nacional de capital do canto coral (lei do senador Paulo Paim que aguardava sanção presidencial havia quatro anos).
Já o município de Anchieta, em Santa Catarina, ganhou o título da capital nacional da produção de sementes crioulas.
A quinta-feira foi mesmo bastante produtiva.
Temer ainda sancionou o Dia do Delegado de Polícia, o Dia do Samba de Roda, o Dia da Astronomia e o Dia do Teatro do Oprimido - esse último proposto pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). “Chega a ser irônico que Temer tenha sancionado a homenagem a uma expressão de esquerda.
Deve ser o espírito natalino, a generosidade de fim de ano”, brincou.