O concurso do TCE de Pernambuco foi homologado por portaria publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23).
O ato foi assinado pelo presidente do órgão, conselheiro Carlos Porto.
A comissão de concurso foi presidida pela conselheira Teresa Duere, com a participação do procurador Cristiano Pimentel do Ministério Público de Contas (MPCO) e de servidores de carreira do próprio TCE.
As provas foram confeccionadas e aplicadas pelo CEBRASPE (antigo Cespe), organizadora de concurso vinculada a Universidade de Brasília.
Os candidatos elogiaram a segurança do concurso, que teve fiscalização com participação da Polícia Civil de Pernambuco, Polícia Militar de Pernambuco e Polícia Federal.
Nenhuma denúncia de irregularidade ou fraude foi registrada no decorrer do concurso.
Foram cinco cargos em disputa: Auditor de Controle Externo - áreas de Auditoria de Contas Públicas e de Auditoria de Obras Públicas, Analista de Controle Externo - área de Auditoria de Contas Públicas e Analista de Gestão - áreas de Administração e de Julgamento.
Teresa Duere também presidiu o último concurso do órgão em 2004, que se encerrou igualmente sem contestação quanto à lisura da seleção.
No concurso de 2004, um dos aprovados foi o próprio Cristiano Pimentel, atual referência no controle das contas públicas, que agora ajudou a organizar o concurso de 2017 como membro da comissão.
Considerado o órgão do Estado mais cobiçado pelos chamados “concurseiros”, o TCE é reconhecido pelas excelentes condições de trabalho para seus servidores e alta remuneração.
Além dos servidores concursados terem um excelente plano de carreira, os conselheiros historicamente prestigiam os servidores do órgão com posições importantes de direção e chefia, ao contrário de quase todos os outros órgãos do Estado, nos quais as posições de chefia são preenchidas por pessoas estranhas do quadro de concursados, os comissionados, também chamados de “janelados”.
O próprio governador Paulo Câmara (PSB), auditor concursado do TCE, antes de se tornar secretário estadual de Eduardo Campos em 2007, ocupou vários cargos de direção interna no TCE.
O concurso terá validade de dois anos, podendo ser prorrogado uma vez pelo mesmo prazo.
As nomeações dos aprovados caberão ao novo presidente do órgão, conselheiro Marcos Loreto, que tomará posse em janeiro.