Colocado como pré-candidato à sucessão do presidente Michel Temer pelo PSC, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cumpre agenda no Recife nesta quinta-feira (21), onde será recebido pelo deputado estadual e pré-candidato do partido ao Senado André Ferreira.
O governador Paulo Câmara apresentou, ainda no ano passado, um pedido de empréstimo ao BNDES, no governo Temer, que até hoje não se concretizou, para a realização de obras no Estado.
O deputado federal Tadeu Alencar (PSB), por exemplo, ao fazer um balanço da relação entre o Poder Central e o Governo do Estado ao longo de 2017, cobrou o empréstimo de R$ 600 milhões que Pernambuco ainda não teve liberados, apesar de contar com espaço fiscal. “Diferentemente de estados ricos da federação, Pernambuco vem fazendo seu dever de casa, com as contas ajustadas.
Desde 2015, o governador Paulo Câmara, que conhecia a realidade fiscal do Estado e que como economista vislumbrou os tempos sombrios que íamos atravessar na economia, cuidou de fazer um freio de arrumação, de diminuir despesas de custeio para garantir hoje os investimentos que estão sendo feitos no Estado”, destacou.
Pela manhã no Recife, Paulo Rabello de Castro participará de um seminário promovido pelo LIDE-PE, sobre a econômica brasileira.
Gestor do maior banco de fomento da América Latina, que assumiu no início de junho, ele também visitará a sede da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Em seguida, participa de um almoço em um restaurante da Zona Sul.
Economista e advogado, com doutorado em Economia na Universidade de Chicago, Rabello de Castro, ao assumir o cargo, afirmou que o Brasil “está mais para psicanálise do que para análise econômica”. “O desafio de assumir o BNDES é realmente um abacaxi.
Mas um abacaxi que a gente vai descascar, porque é um banco grandioso, que tem uma contribuição enorme para a história econômica recente do Brasil.
Hoje ele sofre de uma perda de identidade, de entusiasmo, para além dos problemas de ter destinado recursos para a JBS ou para Odebrecht, que até bem pouco tempo eram as maiores e melhores empresas do Brasil”, afirmou o economista ao assumir o banco, prometendo colocar o “BNDES nos 220 volts”.
POLÍTICA Em 18 de novembro, Paulo Rabello de Castro se filou ao PSC, durante um evento em Salvador.
Na ocasião, foi aclamado pelos militantes como pré-candidato do partido à Presidência da República.
Ao discursar no ato, ele afirmou que “está chegando ao fim o domínio “das elites endinheiradas do Brasil”. “O povo quer transformação.
Quando a elite coloca as cartas na mesa, elas são de corrupção”, pontou.
No entanto, ele não informou ao presidente Michel Temer do ato e por pouco não foi demitido do cargo.
Aliados do peemedebistas cobraram o afastamento do presidente do BNDES por ele ter “queimado a largada”.
Aos 68 anos, Paulo Rabello de Castro sempre teve proximidade com a política.
Se dizendo “avesso a tró-ló-ló”, ele foi o mentor econômico do PFL.
Passou pelo Partido Novo até se filiar ao PSC.
No Estado também se reunião com o presidente estadual da sigla, o deputado estadual e pré-candidato ao Senado André Ferreira.
Formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Paulo Rabello de Castro é doutor em economia pela Universidade de Chicago.
Fundador da SR Rating, primeira empresa brasileira de classificação de riscos de crédito, é também autor de mais de dez livros, solo ou em co-autoria.
Ex-presidente do Lide Economia, coordenou até junho de 2016 o Movimento Brasil Eficiente.
Em julho de 2016, assumiu a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), onde ficou até ser nomeado presidente do BNDES em junho de 2017.