Após a denúncia de oficiais da Polícia Militar e empresários investigados na Operação Torrentes, nesta segunda-feira (18), o Governo de Pernambuco divulgou uma nota pedindo “cautela para não condenar de forma antecipada servidores”. “É importante relembrar da excepcionalidade que Pernambuco viveu após a enchente de 2010”, diz o texto.
A ação teve como alvo contratações feitas pela Secretaria da Casa Militar após as enchentes de 2010 e 2017 na Mata Sul do Estado.
LEIA TAMBÉM » Oficiais da PM e empresários são denunciados pelo MPF na Torrentes Veja a nota O Governo do Estado apoia toda investigação que tenha como objetivo impedir o mau uso de recursos públicos.
E reforça a disposição, a transparência e a determinação do Governo em prestar todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle - como sempre fez.
Também é importante relembrar da excepcionalidade que Pernambuco viveu após a enchente de 2010, que afetou de forma dramática a vida de milhares de pernambucanos da Zona da Mata. É fundamental, ainda, ter a devida cautela para não condenar de forma antecipada servidores públicos estaduais sem o necessário processo legal.
Acusações Foram acusados por dispensa indevida de licitação e peculato quatro oficiais da Polícia Militar que integraram a cúpula da Casa Militar.
Entre os denunciados está o coronel Mário Cavalcanti de Albuquerque, ex-chefe da pasta no governo Eduardo Campos (PSB) e secretário executivo de Recursos Hídricos de Paulo Câmara (PSB).
O governador vai substitui-lo esta semana por um nome indicado pelo PP, abrindo mais espaço para o partido na gestão, em busca de maior tempo de televisão nas eleições de 2018. » Operação Torrentes: STJ nega habeas corpus para empresário Ricardo Padilha » Edilson coleta assinaturas para instalar CPI sobre Operação Torrentes » Operação Torrentes: pedido de CPI peito pelo PSOL é arquivado por não ter ‘fato determinado’ » Oficiais da PM são proibidos de ir à Casa Militar e falar com alvos da Torrentes Além dele, foram denunciados os tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento, coordenador administrativo da Casa Militar até a operação, e Roberto Gomes de Melo Filho, que exercia o cargo de Nascimento em 2010, além do coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos de Araújo.
Foram denunciados ainda Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa. » Empresário preso na Operação Torrentes estava solto há um mês » Paulo Câmara vai devolvendo à PM coronéis investigados em operação da Polícia Federal » Nova fase da Operação Torrentes investiga ações após enchentes de 2017 » Quebra de registros telefônicos ligou coronel preso pela PF ao PSB De acordo com a denúncia, durante os primeiros dias da crise provocada pelas chuvas e enchentes que atingiram o Estado nos últimos anos, desabrigando e causando perdas a dezenas de milhares de pessoas, os oficiais da Casa Militar denunciados deixaram de observar as formalidades referentes a duas dispensas de licitação, favorecendo, para o Ministério Público Federal (MPF), a empresa Mega Frios, administrada pelo casal Padilha, também alvo da Operação Mata Norte, além de Ítalo, e representada por Taciana.