Em política, coincidências também acontecem.
Na semana passada, o deputado federal Sílvio Costa esteve com o ex-presidente Lula, no evento em que a bancada do PT discutiu a estratégia para 2018 e os problemas com a Justiça Federal do Paraná.
Depois, ainda teve um encontro particular com o ex-presidente, possivelmente para falar das eleições locais.
O ex-vice líder do governo Dilma - que ao contrário do filho, líder da Oposição na Alepe, não compareceu no evento no Recife Antigo com as novas forças de oposição a Paulo Câmara - deu uma passada e até fez discurso na confraternização de Marília Arraes, na sexta-feira, no Recife.
Ele nunca havia feito tal gesto.
Pois bem.
Nesta segunda-feira, em evento com jornalistas, Marília Arraes revela que Lula ligou para ela na tentativa de incentivar a manutenção de uma candidatura própria.
No exato momento em que o PSB, no plano nacional, parece apostar em opções como Joaquim Barbosa ou mesmo Ciro Gomes, do PDT.
Marília também sabe que Lula é um estrategista e que quer ter opções para tomar uma decisão final sobre as alianças pelos Estados.
Pelo que está claro, também o deputado do Avante Sílvio Costa trabalha diuturnamente para que o PSB daqui não se una com o PSB.
Resta dobrar nomes como Humberto Costa e João Paulo, que parecem inclinados à reaproximação com os socialistas.
O blog apurou que Costão correu para falar com Lula e defender o nome de Marília assim que tomou conhecimento de que o nome de Odacy Amorim foi lançado, aparentemente com a intenção de sabotar Marilia e colocar uma opção para vice na chapa com os socialistas por parte de uma ala do PT local.
A candidatura de Odacy Amorim foi antecipada pelo blog, há duas semanas.
Em Petrolina, o jogo da sucessão continua sendo jogado.
Alas do PT local já ensaiam o nome de militantes para disputar uma vaga de deputado estadual no lugar de Odacy Amorin.
O desejo do petista era lançar a esposa para o cargo, representando Petrolina em seu lugar.
Marília defendeu nesta segunda uma aliança com o PSOL e disse que seria bom abocanhar a REDE também, que acaba de deixar o governo Paulo Câmara. “O PSOl pode ter 3% a 4% e pode ser a diferença a tirar a gente do segundo turno”, comentou.
So que esta aliança está condicionada a não ter na cabeça de chapa o deputado estadual do Sertão.
Alas do PT que apoiam Marília Arraes dizem que ele é homofóbico e não seria aceito pelo PSOL na aliança se o nome não fosse a neta de Miguel Arraes.