Vice-líder do presidente Michel Temer (PMDB), o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho, agora também peemedebista, defendeu, em entrevista à Rádio Senado, o adiamento da reforma da Previdência.

Sem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças no sistema de aposentadorias, a base aliada decidiu só começar a discuti-las em fevereiro, após o recesso.

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Esse tempo que vamos ter poderá ser um tempo importante para o convencimento e para que a matéria possa ser apreciada logo quando do retorno dos trabalhos legislativos, no início de fevereiro.” reforma previdencia 1 - reforma previdencia 2 - reforma previdencia 3 - reforma previdencia 4 - reforma previdencia 5 - reforma previdencia 6 - reforma previdencia 7 - reforma previdencia 8 - Aliado do governo Temer, Fernando Bezerra Coelho defendeu as medidas aprovadas até agora, como a lei que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior e a reforma trabalhista. “Eu acho que, se fizermos uma retrospectiva, o ano começou com expectativas muito baixas de crescimento, sobretudo de geração de emprego.

Estamos fechando o ano com a economia brasileira crescendo 1% e noticias muito positivas do lado do emprego”, afirmou. “Isso cria as condições para uma recuperação mais forte da economia em 2018.” O senador ainda defendeu a proposta que deve pautar o governo após a reforma da Previdência: as mudanças no sistema tributário. “Nós temos um sistema fiscal muito complexo envolvendo legislações de diversos estados”, avaliou. “É preciso que a gente faça um esforço no sentido de reduzir as exigências, simplificar os sistemas para diminuir os encargos e o ônus sobre aqueles que recolhem e pagam seus impostos e também buscar um pouco mais de justiça fiscal no sentido de criar mecanismos para que os mais ricos, aqueles que ganham mais, poderem pagar mais.”