O tucano corre para não perder apoio do PMDB em 2018, em seu projeto nacional.
Caso vacile na defesa das reformas, o PMDB já disse que pode formar uma aliança com o Centrão, isolando o PSDB.
Nesta semana que passou, um tucano foi afastado da articulação política para dar lugar a Carlos Marun, do PMDB-MS.
Pois bem.
O governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (16) que seu partido irá punir o deputado que não apoiar a proposta de reforma da Previdência, cuja votação foi marcada para ocorrer somente no dia 19 de fevereiro , após o carnaval de 2018.
O PSDB foi o segundo partido a fechar questão a favor do pacote de alterações nas regras para acesso à aposentadoria (o PMDB, do presidente Michel Temer, foi o primeiro ).
Na reunião da cúpula tucana realizada nesta semana, no entanto, não foram discutidas as eventuais punições aos parlamentares da legenda que desrespeitarem a orientação do partido.
A imposição de sanções aos ‘infiéis’ é uma das principais premissas do fechamento de questão. “Terá punição, mas o nosso momento não é de discutir isso, é de convencimento”, disse o Geraldo Alckmin durante cerimônia de entrega do Terminal Metropolitano de Americana, no interior paulista.
LEIA TAMBÉM » Governo publica exoneração de Antônio Imbassahy; posse de Marun é adiada » Marun recua em projeto de lei que prevê alerta a delatados » Marun sugere indiciamento de Janot por abuso de autoridade Nesta semana que passou, os membros da Comissão Executiva do PSDB e integrantes das bancadas do partido no Congresso Nacional decidiram fechar questão a favor da aprovação da Reforma da Previdência, em reunião na quarta-feira (13/12).
Alckmin afirmou que o fechamento de questão deixa “claríssimo” o posicionamento do partido favorável à aprovação da Reforma da Previdência e que, antes de decidir se haverá punição ou não aos que não votarem conforme decisão partidária, será feito trabalho de convencimento junto aos parlamentares tucanos.
O presidente do PSDB reiterou a importância do projeto, cujos objetivos primeiros são justiça social e fiscal. “Há um déficit crescente no sistema e quem paga o preço do descontrole das finanças públicas é o povo, por meio do desemprego e da perda de renda”, disse, então.