Agora, depois do recuo de ontem, a promessa é que plenário da Câmara dos Deputados comece a discutir no dia cinco de fevereiro de 2018 e votar no dia 19 do mesmo mês a proposta de Reforma da Previdência.
O governo Temer diz esperar, com o adiamento, obter mais tempo para que os deputados entendam as mudanças propostas pelo relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA).
Em discurso no plenário, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do Governo na Câmara, afirmou que o adiamento foi necessário, pois ainda não havia os 308 votos necessários para a aprovação.
Perondi disse esperar que os deputados leiam o texto, estudem a proposta, enfrentem o medo das urnas em 2018 e apoiem a aprovação da matéria.
Em seu discurso, Perondi destacou que o novo texto não atinge os agricultores, os idosos, as pessoas com deficiência e os trabalhadores mais pobres, e nem quem já está aposentado ou já pode se aposentar.
O parlamentar acredita ainda que o Governo vai conseguir os 308 votos e aproveitou para atacar a oposição. “O discurso da oposição é maldoso, destrutivo e enganoso, e este Governo está sim devolvendo a esperança aos atuais e aos futuros aposentados”. “Vivemos um momento histórico, de transformação e de mudança.
O país estava quase caindo no precipício, na depressão severa, levado pela irresponsabilidade e incompetência do governo anterior, que sofreu o impeachment, inclusive com apoio popular.
Que bom que o povo, que estava desesperado, foi às ruas”, destacou. “O povo não está nas ruas agora porque tem esperança e porque este Governo está fazendo o que precisa fazer e está dando certo”.
Na avaliação de Perondi, o parlamentar que votar contra a reforma estará contra o Brasil e a favor dos privilégios. “A Reforma combate a privilegiatura.
Acaba de vez com os acúmulos de aposentadorias milionárias de alguns segmentos do serviço público. É a Reforma para um Brasil mais justo entre os que recebem pouco e os que se aposentam cedo e com salários acima de R$ 30 mil”. “É preciso que os deputados tenham consciência de que a reforma é necessária e que, se ela não for feita, haverá a interrupção do processo de recuperação da economia verificado dos últimos meses.
O Brasil tem hoje a menor inflação desde 1998, de cerca de 2,5% ao ano, a menor de taxa de juros da história recente, de 7%, e redução do desemprego, que deve chegar a 8% em 2018.
Ainda segundo Perondi, sem a reforma da previdência, que é a “mãe de todas as reformas”, em pouco tempo faltará dinheiro para outras áreas importantes, como saúde, educação e infraestrutura, e para pagamento das atuais e das futuras aposentadorias”.