O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou ao jornal Folha de S.

Paulo que o governo tem de dizer a “verdade” em relação aos votos para aprovar a reforma da Previdência. “Eu acho que o governo tem que falar a verdade, não adianta o governo mistificar”, disse. “A Câmara pode discutir a reforma no plenário, mas número para votar só quando tiver os 308 votos, e esse sinal, essa fumaça branca, não foi dada pelos líderes do governo na Câmara”, afirmou o senador. “O governo tentou fazer um esforço, cresceu o número de votos, não tem ainda os 308 votos.

Se não tem, o governo tem que dizer que não tem e está tentando conseguir”, completou.

LEIA TAMBÉM » Maia diz que não se decidiu sobre adiamento da reforma da Previdência » Maia e Eunício fecham acordo para votar Previdência em fevereiro, diz Jucá » Executiva do PSDB decide fechar questão a favor da Previdência Em nota, o senador anunciou, nessa quarta-feira (13), que um “acordo” foi fechado pelos presidentes da Câmara e do Senado, em conjunto com o governo, para adiar a votação da mudança da aposentadoria para fevereiro.

A declaração deflagrou um bate-cabeça no Palácio do Planalto e no Congresso, causando mal-estar no governo, disposto a manter o discurso otimista para conseguir os votos dos deputados.

Em nota oficial, o Palácio do Planalto disse que a data da votação será definida nesta quinta (14) pelos presidentes Temer, Eunício Oliveira (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara). » Por reforma Previdência, governo cobra ministros e redistribui cargos O Planalto afirmou ainda que está mantida para esta quinta a leitura do relatório da reforma e o início de sua discussão no plenário da Câmara.

O presidente da Câmara tentou minimizar o anúncio feito por Jucá. “Não combinei nada”, disse Maia, na quarta, após a polêmica causada pelo líder do governo. “Não fiz reunião com o Michel, não fiz reunião com ninguém”, afirmou Eunício.

Segundo a Folha apurou, Jucá avançou o sinal e atropelou possível anúncio de adiamento que seria feito nesta quinta por Temer, Maia e Eunício.

O assunto já havia sido discutido por eles em um jantar organizado pelo presidente do Senado na noite de terça (12).

Informações Folha de S.

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