No dia em que a oposição fez o primeiro ato no Recife, nessa segunda-feira (11), o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou o pagamento do 13º salário para a sexta (15). “Ah, o governador apareceu?

Isso faz bem ao Estado.

E é um bom anúncio”, ironizou o deputado federal Bruno Araújo (PSDB).

Para Armando Monteiro Neto (PTB), é preciso fazer mais que isso.

LEIA TAMBÉM » Paulo Câmara paga 13º dos servidores nesta sexta “Nós vivemos um tempo em Pernambuco que pagar a folha em dia e anunciar 13º são as grandes conquistas desse governo.

Isso é obrigação.

Pernambuco precisa fazer muito mais do que isso”, defendeu o petebista. “Pagar as coisas ao preço de não oferecer serviços na saúde e diminuir investimentos na segurança não é realização nenhuma.

Pagar a folha em dia e pagar o 13º, que são obrigações, não devem ser apresentadas ao povo pernambucano como uma benesse.

Isso é um direito do povo de Pernambuco.” Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem » Nosso projeto está aberto para o PT, diz Armando ao lado de DEM e PSDB » Ministro de Temer diz que PSB e PT se juntam por ‘pura conveniência’ em Pernambuco » ‘Não temos medo de debate nem de bandeiras’, diz Fernando Filho, sem citar reação à modernização da Chesf » FBC diz que nome de candidato de oposição a Paulo Câmara sai em março ou abril Nos bastidores, o gesto de Paulo Câmara foi tido como uma tentativa de minimizar o evento dos adversários políticos.

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem » Oposição acusa grupo de Paulo Câmara de intimidar prefeitos para não deixarem base Apesar de ter ponderado que o pagamento do 13º é bom para o Estado, Bruno Araújo concordou com Armando e enfatizou a situação fiscal do Estado. “Infelizmente é bom lembrar que ao mesmo tempo que milhares de servidores públicos estão recebendo os seus salários, outros milhões de pernambucanos estão com os seus serviços interrompidos por atraso em pagamentos de medicamentos dos municípios, hospitais com dezenas de milhões de reais de atraso”, denunciou. “Foi uma opção de deslocamento de recursos, deixando de pagar serviços, e concentrar para não criar nenhum prejuízo para os servidores públicos.

O que é bom nesses momentos.

Mas tem um rombo enorme das contas públicas para ser coberto pelo governador do Estado.”