Além de Silvio Costa (Avante), outra ausência notada no ato da oposição dessa segunda-feira (11) foi do deputado federal Daniel Coelho, do PSDB, após o racha com Bruno Araújo, presidente estadual do partido e liderança do grupo. “Não fui convidado.

Ninguém entrou em contato”, reclamou o tucano.

Agora, o parlamentar afirma que tem uma pesquisa em mãos mostrando que teria chances em uma disputa majoritária para o ano que vem, principalmente ao Senado, e que até fevereiro deve decidir o seu caminho. “Não fecho porta.

Posso ficar, posso sair.” LEIA TAMBÉM » Nosso projeto está aberto para o PT, diz Armando ao lado de DEM e PSDB » Ministro de Temer diz que PSB e PT se juntam por ‘pura conveniência’ em Pernambuco » ‘Não temos medo de debate nem de bandeiras’, diz Fernando Filho, sem citar reação à modernização da Chesf Daniel voltou a criticar o presidente estadual do PSDB, a quem já acusou de tentar fazer um “puxadinho” de Michel Temer (PMDB) no partido. “Só pode partir do próprio Bruno, que deveria ter articulado o PSDB e não fez”, afirmou. “Armando (Monteiro Neto, do PTB), Mendonça (Filho, do DEM), representantes de outros partidos conseguiram articular seus partidos.

Deviam partir do pressuposto que Bruno estaria articulando os seus”, disse. “Fiquei sabendo pela imprensa, então achei que não deveria ir.” Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem » Oposição acusa grupo de Paulo Câmara de intimidar prefeitos para não deixarem base » Indefinição do PT em Pernambuco coloca pai e filho em campos diferentes » FBC diz que nome de candidato de oposição a Paulo Câmara sai em março ou abril Para o deputado, não cabe a ele procurar Bruno Araújo e outras forças do PSDB para conversar. “Não tiveram a gentileza de fazer uma ligação, um convite, então não sou eu que vou forçar para fazer isso”, respondeu.

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Agora, Daniel afirma estar em uma posição de “distância para avaliar o cenário”. “Se eles estão tocando a agenda independente da minha participação, vou me resguardar”, disse. “Nas últimas quatro eleições sempre tive entre os mais votados no Recife.

Preciso estar num ambiente onde o peso eleitoral seja valorizado e seja compreendido o formato em que atuo na política.

Nunca fiz a política do ’toma lá, dá cá’ e da vantagem, sempre foi do posicionamento.” » Mesmo ‘decepcionado’ com o PSDB, Daniel diz que não sairá do partido » Após racha, Daniel Coelho aparece em evento do PSDB » Daniel Coelho cobra a Bruno Araújo informações financeiras do PSDB Apesar das críticas, o deputado avalia que o ato fortaleceu a oposição ao governador Paulo Câmara (PSB).

Na opinião dele, porém, o grupo tem muitas lideranças com votação expressiva no interior, mas não no Grande Recife. “Até agora não fui ouvido para discutir a estratégia metropolitana para fazer frente a um palanque que está pintando de PSB com PT e ambos têm boa penetração no Recife e na Região Metropolitana”, criticou.

Em discurso no ato da oposição contra Paulo Câmara, Bruno Araújo afirma que Pernambuco vive “apagão” pic.twitter.com/tEocA8AvFT — Blog de Jamildo (@blogdejamildo) 11 de dezembro de 2017 Daniel afirma ainda que o palanque de oposição tem o desafio de se descolar da imagem de Temer, mesmo com dois ministros - Mendonça e Fernando Filho, da pasta de Minas e Energia - e ainda o vice-líder da bancada governista no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PMDB). “Há um peso no eleitor em não querer votar em parlamentares que tenham votado a favor de Temer na questão da denúncia”, analisou.