Estadão Conteúdo - O pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, disse nesta terça-feira (12), que o resultado do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será “norteador da eleição”.

Para ele, Lula “é um personagem central” do processo político.

O julgamento foi marcado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para o dia 24 de janeiro.

Ciro disse que vai “virar o jogo e ganhar” e declarou que, atualmente, quer “ser ouvido como estudioso”, inclusive pelos simpatizantes do PT e PSDB. “Não é possível que o Brasil seja dividido entre coxinhas e mortadelas.

O Brasil não cabe nessa miudice”, afirmou, ao participar de palestra na sede da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), no Centro do Rio.

LEIA TAMBÉM » Tribunal da Lava Jato marca julgamento de Lula para 24 de janeiro » Defesa aponta ‘tramitação recorde’ no julgamento de Lula na Lava Jato » Relator dá celeridade a recurso de Lula no TRF-4 Em sua opinião, o debate nacional apenas repete a divisão política paulista, marcada pela disputa entre os dois partidos. “PSDB e PT se enfrentam há 24 anos.

Os dois loteiam para roubar”, disse, destacando que “Lula (PT) é pernambucano, porém, um político de São Paulo”.

Mais uma vez, Ciro defendeu que Lula abandone a disputa.

O pedetista chegou a afirmar que é um “velho aliado do PT, um aliado de uma vida inteira” e lembrou que participou da fundação do PSDB.

Acrescentou que as ferramentas usadas pelo ex-presidente Lula durante o seu governo já não servem para vencer a crise atual.

E disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em impopularidade, só perde para o presidente Michel Temer, “porque aí é garapa (fácil)”. » ‘Não fiquem com essa bobagem de que não serei candidato’, diz Lula “Acredito que essa gente vai perder a eleição.

Até o setor financeiro está vendo que tem alguma coisa errada.

A resposta para o Brasil é um projeto nacional desenvolvimentista encantador”, afirmou.

Ciro disse que sua ideia é fundar uma “quinta República”. “Como o Padre Cícero, vamos dizer: quem matou não mate mais, quem roubou não roube mais e vamos começar do zero”, brincou.

Dentro do plano “nacional desenvolvimentista”, prometeu retomar os ativos de pré-sal vendidos à iniciativa privada.