Estadão Conteúdo - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu, nesta terça-feira (12), à decisão da Justiça de marcar para o dia 24 de janeiro o julgamento do ex-presidente no processo criminal do caso triplex na Operação Lava Jato.
O advogado do petista, Cristiano Zanin Martins, reiterou sua perplexidade diante do que considera celeridade da ação - em primeiro grau, Lula pegou nove anos e meio de pena, imposta pelo juiz Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato, em 12 de julho. “Até agora existia uma discussão sobre uma condenação imposta ao ex-presidente Lula em primeira instância sem qualquer prova de sua culpa e desprezando as provas que fizemos da sua inocência”, declarou Zanin. “Agora temos que debater o caso também sob a perspectiva da violação da isonomia de tratamento, que é uma garantia fundamental de qualquer cidadão.” LEIA TAMBÉM » Tribunal da Lava Jato marca julgamento de Lula para 24 de janeiro » Relator dá celeridade a recurso de Lula no TRF-4 » ‘Não fiquem com essa bobagem de que não serei candidato’, diz Lula No dia 23 de agosto chegou ao TRF4 a apelação da defesa de Lula contra a sentença de Moro.
No início de dezembro, o desembargador Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal, concluiu seu voto, mas não o tornou público.
Nesta terça, o desembargador Leandro Paulsen, revisor, pediu data para entregar seu voto.
O julgamento foi marcado para 24 de janeiro. “Esperamos que a explicação para essa tramitação recorde seja a facilidade de constatar a nulidade do processo e a inocência de Lula”, desafia o defensor Cristiano Zanin Martins. » Ações da Lava Jato sobre Lula terão sentença até 2018 “Estamos aguardando os dados que pedimos à Presidência do Tribunal sobre a ordem cronológica dos recursos em tramitação.
Esperamos obter essas informações com a mesma rapidez a fim de que possamos definir os próximos passos.”