O ministro da Educação, Mendonça Filho, do DEM, afirmou que há uma pressão de aliados do governador Paulo Câmara (PSB) contra prefeitos para que eles não deixem a base e passem a compor a oposição.
Tendo o democrata como uma das lideranças, o grupo fez o primeiro ato nesta segunda-feira (11), no Recife. “O que se vive em Pernambuco hoje é uma política certamente do início do século XX, do medo, da intimidação”, afirmou ainda o ministro da Educação, Mendonça Filho.
O democrata afirmou que não era uma acusação diretamente contra Paulo Câmara. “Mas ele se omite que aliados dentro do Palácio do Campo das Princesas reúnam forças no Estado para dizer que quem for para a oposição vai sofrer as consequências.” LEIA TAMBÉM » Nosso projeto está aberto para o PT, diz Armando ao lado de DEM e PSDB » Ministro de Temer diz que PSB e PT se juntam por ‘pura conveniência’ em Pernambuco » ‘Não temos medo de debate nem de bandeiras’, diz Fernando Filho, sem citar reação à modernização da Chesf » FBC diz que nome de candidato de oposição a Paulo Câmara sai em março ou abril O ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, prevê a ampliação da frente de oposição. “Tenho convicção de que, se tem muitos aqui hoje, vocês não fazem ideia de muitos que ainda não puderam vir e estão aguardando o momento certo, muitos administram municípios que passam extrema dificuldade”, afirmou em seu discurso.
Ex-socialista, ele ainda criticou a articulação de Paulo Câmara. “Nós vimos um ocupante do Palácio do Campo das Princesas que fez questão de ir se desfazendo de suas alianças ao longo do tempo”, afirmou. “Todos nós aqui, cada um a seu tempo, participamos desse projeto.
Foi um passado que foi bom para Pernambuco, mas não volta mais a gente ficar repetindo o nome de quem infelizmente não está mais aqui”, disse.
Ao longo dos discursos o nome do ex-governador Eduardo Campos (PSB), ex-aliado de todas as lideranças da oposição e padrinho político de Paulo Câmara, foi citado por líderes. “Não temos medo do debate, não temos medo das bandeiras que levantamos por mais difíceis que elas possam ser porque nós acreditamos que a nossa capacidade de juntar vai ser muito maior”, disse.
Com divergências com o grupo do governador com o do senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE), pai do ministro, os socialistas têm criticado a privatização da Eletrobras, encabeçada pela pasta dele.