No início de novembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou uma força-tarefa para o combate às fake news, no contexto de preparações para as eleições presidenciais de 2018.
Para debater o problema, o Instituto Igarapé promove nesta terça-feira (12/12), no Rio de Janeiro, uma mesa redonda com especialistas e instituições envolvidas na governança da estrutura de segurança cibernética no país.
O encontro acontece na sede do instituto, em Botafogo, no Rio de Janeiro. “Como determinar o que é real e o que é ‘fake’?
Segurança de quem e para quem?”, pergunta Robert Muggah, diretor de pesquisa do Igarapé, listando algumas das questões que serão abordadas no evento. “Precisamos equilibrar abordagens criminalizadoras que cerceiam a privacidade, a liberdade de expressão, geram conteúdos ilegais e praticam políticas pouco claras quanto ao armazenamento de dados nesta era hiperconectada”, diz.
O fenômeno das fake news ganhou notoriedade nas últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
No Brasil, teve impacto nas eleições presidenciais de 2014, nas eleições locais de 2016 e no impeachment de Dilma Rousseff, no mesmo ano.
Em resposta, algumas organizações já se dedicam ao chamado “fact-checking”, para determinar se as informações veiculadas estão corretas, e companhias como o Google e Facebook já estão desenvolvendo suas próprias soluções.
Estarão presentes representantes da Abin, da Microsoft, do Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber), do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), do Internet Lab e outras entidades que fazem parte do desenvolvimento do ecossistema da governança da Internet no país.
A mediação é de Maurício Santoro, professor de relações internacionais da Uerj.