Se Paulo Câmara faz oposição ao governo Temer e os deputados do PSB criticam o governo Federal, como entender a visita do governador ao ministro Hélder Barbalho, nesta quarta-feira?
Oficialmente, Paulo Câmara foi até lá solicitar ao ministro da Integração a liberação de recursos da Emenda de Bancada para a Adutora do Agreste, que está atrasada.
Sob reserva, os socialistas explicam que FBC e os ministros de Temer serão responsabilizados pelo atraso nas obras.
Não por acaso, na semana passada, o mesmo governo Federal que ‘nega recursos para concluir a obra’ anunciou cerca de R$ 100 milhões para o projeto Pontal.
O ministro da Integração Nacional, Hélder Barbalho, foi até a cidade de Petrolina para prestigiar FBC e seu grupo político.
Com a iniciativa, os socialistas buscam minar o avanço do grupo de FBC sobre o agreste, onde uniu forças com a gestão tucana de Raquel Lyra.
Alternativa frustrada Diante da escassez de recursos do Orçamento Geral da União (OGU), o governador solicitou, no final de 2016, que a Emenda de Bancada fosse utilizada para dar andamento à Adutora.
A Emenda de Bancada tem o valor de R$ 126 milhões e o governador pediu a liberação de R$ 70 milhões. “Esses recursos são essenciais para que não ocorra a paralisação das obras”, disse Paulo.
O ano de 2017 foi o pior dos últimos três no tocante ao repasse de recursos do Orçamento da União para a Adutora do Agreste.
Foram R$ 94 milhões em 2015, R$ 136 milhões em 2016 e R$ 67 milhões este ano.
Participaram da audiência o deputado federal Fernando Monteiro, o deputado federal e secretário estadual de Habitação, Kaio Maniçoba, e o presidente da Compesa, Roberto Tavares, que já chegou a usar expressões duras na semana passada contra os ministros de Temer.