Pernambuco tinha em 2016 1.547 obras paradas ou inacabadas, com contratos que somavam R$ 6,2 bilhões.

Foi o que apontou um relatório divulgado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta quinta-feira (7).

Desse total, R$ 1,9 bilhões já foram pagos às empresas. “Quem paga é a população, que não tem a prestação do serviço e o prejuízo financeiro, tendo em vista que os recursos públicos foram aplicados de uma forma que praticamente não tiveram utilidade para a população”, afirmou o presidente do tribunal, Carlos Porto. “É a falta de planejamento.” LEIA TAMBÉM » Com atraso de 4 anos, PCR retoma obra do Geraldão com previsão para 2018 » Paulo Câmara promete resolver crise na segurança e entregar estações de BRT até 2018 » Com menos recursos para Adutora do Agreste, Paulo pede emenda Das oito maiores obras no Estado, quatro tiveram os contratos rescindidos: implantação do BRT na BR-101 (R$ 216 milhões), corredor Leste-Oeste (R$ 168 milhões), Ramal Cidade da Copa (R$ 163 milhões) e implantação da Hidrovia do rio Capibaribe (R$ 101 milhões).

Todas deveriam ter sido concluídas antes da Copa do Mundo de 2014.

Outras duas estão paradas: a dragagem do canal de acesso ao Porto de Suape (R$ 279 milhões) e o reforço da Adutora do Oeste (R$ 114 milhões).

Estão em ritmo lento o Canal do Fragoso e a Via Metropolitana Norte (R$ 206 milhões) e o corredor Norte-Sul (R$ 187 milhões).

As obras contratadas pelo Governo do Estado têm custo de R$ 3,9 bilhões, mas foram pagos R$ 1,02 bilhões.

Recife Na capital, o valor das obras é de R$ 1,01 bilhões.

Foram pagos R$ 362 milhões.

Na capital, as principais obras inacabadas são: Ponte do Monteiro (R$ 53,4 milhões), Geraldão (R$ 43 milhões), urbanização do Cais do Porto do Recife (R$ 50 milhões), dragagem do Rio Capibaribe (R$ 44 milhões) e reforma do Hospital Barão de Lucena (R$ 36 milhões). “Como pode uma ponte daquela do Monteiro na situação em que está?

Tem que ter uma solução”, cobrou o presidente do TCE.