A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) disse que o Banco Central (BC) acertou ao reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual (p.p.), passando de 7,5% para 7% ao ano.

Essa é a oitava redução consecutiva, só possível porque a atividade econômica ainda é mais baixa do que períodos pré-crise e inflação abaixo das expectativas.

Segundo as previsões, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano ao redor de 2,8% e há a previsão de que para 2018 fique abaixo de 4% (menos que o centro da meta).

Para a assessoria econômica da FecomercioSP, diante dessa constatação, as taxas de juros podem cair mais um pouco e fazer com que em 2018 a média da Selic seja a menor da história.

Nesse cenário, com a Selic até abaixo de 7% em média em 2018 e com a inflação a mostrar sinais de convergência para um patamar entre 3,5% e 4%, o Brasil atingirá uma taxa de equilíbrio dos juros reais de 3% a 3,5%, o que é ainda elevado diante de taxas internacionais, porém, muito mais razoável do que ocorria no País ao longo de duas décadas do Plano Real.

Segundo a Federação, o BC tem se pautado em argumentos técnicos, com foco no ambiente político e os seus efeitos sobre a economia e sobre os mercados e faz política monetária olhando não apenas para a inflação presente e acumulada, ou somente para a taxa de desemprego e nível de atividade instantâneo, mas considera também as projeções futuras, os juros do mercado financeiro e o risco percebido pelos investidores.

Como mostraram os dados do PIB do terceiro trimestre de 2017, tudo indica que o cenário é de recuperação, mas gradativa e lenta, o que possibilita a manutenção do ritmo de queda de juros sem colocar em risco as metas de inflação deste ano e do próximo.

A Federação ainda ressalta que toda essa expectativa pode ser revertida, dependendo do ambiente político em 2018.

O tema mais relevante neste momento é a aprovação da Reforma da Previdência, sem a qual se espera uma deterioração da economia no longo prazo e uma reversão da curva descendente dos juros.

BB acompanha O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (6), nova redução das taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas.

Esta é a oitava queda consecutiva de juros no Banco do Brasil ao longo deste ano.

As novas taxas entram em vigor nas agências e demais canais de relacionamento do BB já a partir da próxima segunda-feira, dia 11.

O BB vai reduzir suas taxas nas linhas de financiamento de veículos.

Agora, para veículos novos e seminovos a taxa mínima passará para 0,95% ao mês, ante 0,99% ao mês cobrados até então, para operações contratadas via canal mobile (APP BB).

Para as linhas de empréstimo pessoal, a taxa mínima será reduzida de 3,10% ao mês para 3,06% ao mês, para aqueles que recebem proventos pelo Banco.

Nos empréstimos em que o cliente oferece seu imóvel como garantia, as taxas praticadas pelo BB serão reduzidas de 1,44% ao mês para 1,40% ao mês, na faixa mínima, e de 1,90% para 1,86% ao mês, no patamar máximo.

O Banco do Brasil também reduzirá os juros para três linhas da pessoa jurídica.

Na linha desconto de cheque, as taxas mínimas passarão para 1,15% ao mês ante os 1,19% ao mês cobrados atualmente.

Os juros para a linha BB Giro Digital também ficarão mais baixos.

A taxa mínima sai dos atuais 2,51% ao mês para 2,47%.

Já a taxa mínima para antecipação de crédito ao lojista (ACL), passa de 1,18% ao mês para 1,14% ao mês, no menor intervalo.