Estadão Conteúdo - Partido com a maior bancada da Câmara, o PMDB anunciou nesta quarta-feira (6) que fechou questão para tentar obrigar seus 60 deputados a votarem a favor da reforma da Previdência.
Com a decisão da legenda do presidente Michel Temer, a expectativa do governo é de que outras siglas da base aliada sigam o exemplo e também fechem questão a favor da matéria nos próximos dias.
O fechamento de questão é uma decisão tomada pela maioria da executiva nacional de um partido.
Quando isso acontece, parlamentares que votarem de forma diferente ao que determinou a direção da legenda podem ser punidos até mesmo com a expulsão.
Há também o fechamento simbólico feito pelas bancadas no Congresso.
Nesse caso, porém, não costuma haver punição.
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Um deles é Fábio Ramalho (PMDB-MG), 1º vice-presidente da Câmara. “Vou votar de acordo com a minha consciência.
Não fui eleito para fechar questão.
Não aceito forca no meu pescoço”, declarou o peemedebista mais cedo. » Sem reforma da Previdência, Bolsa Família não poderá ser pago, diz relator O PMDB foi o segundo partido a anunciar fechamento de questão.
Com uma bancada de 16 deputados, o PTB anunciou mais cedo que obrigará seus parlamentares a votarem a favor da reforma.
Na decisão, assinada pelo presidente nacional da legenda, o ex-deputado Roberto Jefferson (RJ), o partido não deixa claro qual será a punição aos deputados que desobedecerem a decisão. reforma previdencia 1 - reforma previdencia 2 - reforma previdencia 3 - reforma previdencia 4 - reforma previdencia 5 - reforma previdencia 6 - reforma previdencia 7 - reforma previdencia 8 - O governo espera que a posição do PMDB inspire outros partidos a fecharem questão, entre eles, PP e PRB.
Na terça-feira, a executiva nacional do PRB chegou a se reunir para deliberar sobre o assunto, mas, no fim, decidiu só bater o martelo após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcar a data da votação.
O PP também informou que só tomará decisão depois de definida a votação.
Moreira Franco A executiva nacional do PMDB fechou questão a favor da reforma da Previdência, mas não há previsão de punição para deputados que não seguirem a decisão do partido, informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco. “Se tivesse punição prevista, você estava ameaçando o companheiro”, declarou o ministro após deixar a reunião da executiva. » Federação de auditores fiscais critica reforma da Previdência » Temer: ‘Se não tiver votos, não tem sentido colocar Previdência em votação’ » Por Previdência, governo sinaliza desembolso de R$ 2 bi a prefeitos » Governo contabiliza cerca de 325 votos favoráveis à Previdência, diz Maia Também presentes na reunião, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS) disseram que apenas três integrantes da executiva se posicionaram contra o fechamento de questão.
Foram eles: os deputados federais João Arruda (PR) e Mauro Mariane (SC) e o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry.