Nesta terça-feira, um dia antes do encontro dos partidos com Temer, para debater a votação da reforma da Previdência, o líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Ricardo Tripoli (SP), disse que a mudança na data prevista para votação da reforma dá mais tempo para que a proposta seja estudada.
O tucano deixou claro que o PSDB não está fazendo exigências para votar a favor da medida. “O que existem são pontos que o partido considera cruciais em uma mudança desse porte nas regras da Previdência.
Pontos esses que foram levantados após uma série de reuniões e debates promovidos pelo partido no início do ano, inclusive com a presença do ministro da Fazenda”.
Veja aqui. “A bancada do PSDB vai oferecer parcela da sua contribuição.
Estamos aumentando o número de parlamentares que oferecerão apoio a essa medida.
Vamos juntar com as demais forças para verificar a possibilidade de atingirmos o número necessário de 308 votos”, afirmou o tucano nesta noite ao lembrar que, na comissão especial, os representantes do partido votaram a favor da reforma.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, visitou a bancada tucana na Câmara na noite desta terça-feira (5).
Em pauta, a convenção nacional do partido no próximo sábado (9) e a reforma da Previdência, que pode ser votada em Plenário no dia 13.
Como houve o adiamento da votação por uma semana, as bancadas terão mais tempo para aprofundar os debates.
Ao conversar com os jornalistas na saída, Alckmin reiterou seu posicionamento favorável a mudanças no sistema previdenciário brasileiro e afirmou que busca o convencimento dos parlamentares em relação ao tema. “Vim fazer uma visita ao líder Tripoli e ouvir a bancada sobre a convenção e a formação da nova Executiva.
Aproveitei para ouvi-los também sobre a questão da Previdência Social.
Minha posição, não é de hoje, é favorável à reforma.
Mesmo que ela não seja a ideal, da forma como está colocada hoje, ela é necessária ao país”, explicou o tucano.
De acordo com o governador, a reforma da Previdência é importante no sentido de fazer justiça social e combater o déficit fiscal.
Alckmin disse que, apesar de seu posicionamento, a bancada é que definirá como votará a reforma.
Segundo ele, há uma tendência crescente de adesão à proposta, mas há parlamentares com outros posicionamentos.
Questionado pela imprensa, o governador lembrou que não há unanimidade em relação ao tema em nenhum partido.