O setor produtivo entrou com força na campanha pelas reformas e parece que não vai medir esforços para ajudar o Governo Michel Temer a aprovar, no plenário da Câmara, possivelmente no dia 12 de dezembro, a Emenda Aglutinativa com a reforma da Previdência, mesmo que mais enxuta.
Nesta terça-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) reuniu, em Brasília, o seu Conselho de Assuntos Legislativos (CAL) e convidou o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do Governo na Câmara, para debater a reforma da previdência. “O Brasil vive uma guerra silenciosa da sociedade, incluindo quem gera emprego, empresários e comerciantes, contra corporações públicas que não querem perder seus privilégios, aposentadorias precoces e com valores milionários.
As forças produtivas sempre foram fundamentais quando mudanças estruturantes foram necessárias e agora não será diferente”, afirmou o deputado, da base aliada de Temer.
As confederações estão participando do processo de convencimento, inclusive ‘monitorando’ cada deputado para que não haja ‘surpresas negativas’.
De acordo com informações extra-oficiais, a CNI trabalha com um placar ideal, o de 356 votos favoráveis à reforma e 156 contrários, e está mobilizada para que a realidade fique muito próxima dos números no papel.
No evento desta terça, o aliado de Temer detalhou aos conselheiros as negociações com os partidos políticos da base e explicou as mudanças que foram feitas no texto. “Ainda há muita desinformação sobre as mudanças.
Temos uma semana para explicar essas alterações aos deputados e garantir os votos favoráveis.
As forças produtivas serão muito importantes nesse processo”, afirmou.