Ex-deputada federal por São Paulo por dois mandatos, Aline Corrêa (PP) estaria se articulando para se candidatar à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no ano que vem, segundo informações de bastidores.
O Partido Progressista, que já teve como liderança o pai dela, o delator na Operação Lava Jato Pedro Corrêa, quer aumentar a bancada de parlamentares estaduais, hoje a segunda maior, com seis representantes.
A própria Aline foi indiciada pela Polícia Federal há um mês, acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Para a PF, ela “aderiu à conduta criminosa” do pai, do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, os três condenados na Lava Jato.
Pedro Corrêa ainda foi condenado no Mensalão.
Em maio deste ano, o ex-deputado saiu da carceram da Polícia Federal em Curitiba, onde cumpria a pena, para se submeter a uma cirurgia para colocação de próteses metálicas na coluna, no Recife.
Hoje, ele está em prisão domiciliar na capital pernambucana.
O marido da ex-deputada, Laudo Aparecido Dalla Costa Ziani, foi preso em agosto também na Lava Jato, mas está em liberdade.
A operação investigou um suposto esquema envolvendo o pagamento de propina a servidores públicos, por meio de serviços fictícios de advocacia e entregas de valores em espécie desviados das obras do BRT e do Programa de Despoluição da Bacia de Jacarepaguá.
Em 2012, ainda como deputada federal por São Paulo, Aline afirmou ao Congresso em Foco não se imaginar candidata por Pernambuco por ser mais difícil ver uma mulher fazendo política no Nordeste. “Quando nasci, foi uma decepção para o meu pai, que só queria filho homem para atuar na política.
Sou a primeira mulher da família a ocupar um espaço de decisão”, disse.
Hoje, a Assembleia Legislativa de Pernambuco tem sete mulheres, entre 39 deputados.