O deputado estadual Diogo Moraes (PSB), representante do Agreste na Assembleia Legislativa de Pernambuco, reclamou do andamento das obras da Adutora do Agreste, que estão ameaçadas de interrupção devido ao baixo repasse de recursos por parte do Governo Federal.
O socialista criticou a atuação da gestão federal. “Vários pernambucanos atuam em importantes ministérios, mas isto não garantiu a celeridade da obra”.
O deputado falou após obter informações do presidente da Compesa, Roberto Tavares. “O que acontece hoje é que, dentro dos R$ 360 milhões que foram pactuados para esse ano, só foram repassados um total R$ 67 milhões”, destacou, lembrando que ainda faltam mais de R$ 560 milhões para a conclusão da obra.
Diogo Moraes repassou a informação obtida com Roberto Tavares de que a dívida do Estado com as empresas que executam a obra já chega a R$ 50 milhões e que, por isso, as obras correm o risco de serem interrompidas por parte das executoras do serviço, já que o Governo Federal não está repassando o que havia sido pactuado.
O parlamentar lembrou, ainda que um esforço foi feito pela bancada de deputados federais, que destinaram emendas no total de R$ 164 milhões para a conclusão da obra. “Esse valor foi reduzido a R$ 113 milhões e a gente está vendo a hora de não vir um centavo para esta obra.
As próprias empresas mandaram um ofício dizendo que iriam paralisar”, disse, em tom de preocupação.
O parlamentar também abordou o fato de integrantes do Governo Temer estarem criticando a atuação do governador Paulo Câmara, sem no entanto viabilizaram recursos para a conclusão de uma obra tão importante para o Agreste pernambucano. “No ano que a gente tem o maior número de ministro é também o ano com menor repasse para a maior obra hídrica do Agreste.
E são ministros agrestinos.
Eles querem que continue o sofrimento do povo nordestino, que o povo passe sede comprando água em carro-pipa”, disse.
Diogo Moraes disse que ações importantes como esta não podem ser usadas politicamente. “Eu sei que isso é política, mas a Adutora do Agreste não é política baixa. É política alta para tirar o povo da sede.
Eles fazem rondas pelo Agreste, falando mal e achando bom a não concretização de uma obra como esta”, alertou.