Estadão Conteúdo - O ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defendeu nesta sexta-feira (1º) uma nova discussão e uma uniformização a respeito de como deve proceder o juiz diante de pedidos de homologação de decisão premiada.

O ministro destacou a decisão do ministro Ricardo Lewandowski que informou à Procuradoria-Geral da República necessidade de ajuste de cláusulas, para que pudesse ser homologada a delação do marqueteiro Renato Pereira, que revelou irregularidades nas últimas campanhas eleitorais do PMDB no município do Rio de Janeiro e no Estado do Rio de Janeiro.

Para Gilmar, a revisão dos procedimentos é inevitável.

LEIA TAMBÉM » STF julgará em dezembro direito de PF fechar delação » MPF emite nota técnica contra delação fechada pela PF » Congresso articula regras para dificultar delações “As colaborações premiadas são extremamente importantes, são relevantes e isso está provado, acho que é inegável.

Agora, elas também vêm tendo problemas.

E isso também parece inegável.

Uma série de questionamentos.

Recentemente, o ministro Lewandowski, em um despacho bastante fundamentado, apontou problemas que precisamos discutir”, disse Gilmar Mendes, em evento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o teste de segurança do sistema eletrônico de votação para 2018. “Eu acho inevitável que nós façamos uma revisão desses procedimentos e façamos uma uniformização no âmbito do STF, porque estamos correndo o risco de que cada ministro decida de uma forma essa temática, então é preciso que haja uma uniformização, e isso se coloca para o Brasil todo”, completou a análise o ministro.

Questionado sobre se as delações da JBS correm risco de serem anuladas, o ministro disse que não sabe. “Não tenho a menor ideia.”