O prefeito de Chã Grande, no Agreste pernambucano, Diogo Alexandre (PR), colocou a mão na massa para levar um grupo de moradores para fazer provas de um concurso em Vitória de Santo Antão, a cerca de 35 quilômetros de lá.
A gestão havia cedido um ônibus e um motorista para fazer o transporte dos candidatos, mas não foi suficiente e eles chamaram o próprio prefeito para resolver.
Sem conseguir contato com os motoristas, ele mesmo encontrou uma solução: levá-los dirigindo.
As provas eram do concurso da Prefeitura de Pombos, outro município do Agreste.
De acordo com o professor Aldemir José da Silva, 32 anos, que acompanhava a namorada, candidata a uma vaga de auxiliar de creche, 96 pessoas estavam no ponto de encontro às 12h30, a hora marcada para ir a Vitória, e ficaram preocupadas com possíveis atrasos para as provas, que começaria às 14h45 - os portões fechariam 15 minutos antes.
O professor relatou que seria inviável levar os moradores em duas viagens, então os candidatos foram pressionar o prefeito a encontrar uma solução. “Ele disse que daria um jeito e quando a gente viu ele vinha no ônibus.
Ele não conseguiu falar com os motoristas, foi na garagem, falou com o vigia e pegou o ônibus”, contou.
No concurso, são disponibilizadas 282 vagas, entre elas de médicos, professores, motoristas e auxiliares e serviços gerais.
A remuneração varia de R$ 937 a R$ 3 mil. “Imagina estudar seis meses, sete meses, e no dia não conseguir fazer a prova.
Emprego está difícil”, afirmou Aldemir.
O Blog de Jamildo tentou entrar em contato com Diogo Alexandre, que não atendeu as ligações.