Após criticar, sem citar nomes, o correligionário Áureo Cisneiros, o deputado estadual Edilson Silva (PSOL) divulgou que está coletando assinaturas para tentar abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os alvos da Operação Torrentes.
O pedido de Cisneiros, com o mesmo objetivo, foi rejeitado pelo presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Guilherme Uchôa (PDT).
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O deputado conta também com os apoios de Socorro Pimentel (PSL) e Teresa Leitão (PT), que não assinaram estavam na sessão plenária desta quarta-feira (29).
O número, porém, é insuficiente para abrir a CPI, que depende de 17 assinaturas.
Foto: Roberto Soares/Alepe » Nova fase da Operação Torrentes investiga ações após enchentes de 2017 » Cena de operação impacta valorização de Pernambuco, diz ministro » Paulo diz não estar preocupado com impacto político de operação da PF » Expulso da PM, Joel da Harpa quer processo contra presos em operação A operação da Polícia Federal apura supostas fraudes em contratos de assistência às vítimas das enchentes na Mata Sul pernambucana em 2010 e 2017, com foco na Secretaria da Casa Militar.
A investigação começou a partir de um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) em 2016 apontando irregularidades como superfaturamento em 15 licitações entre 2010 e 2015.
Catorze pessoas, entre elas quatro coronéis da Polícia Militar, foram presas temporariamente e, uma semana após a soltura delas, nove foram presas preventivamente.
Dois oficiais da PM, que integraram a cúpula da Casa Militar, estão em prisão domiciliar.