A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir, nesta terça-feira (28), se recebe a denúncia contra o senador pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PMDB).

O peemedebista é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no inquérito 4005.

Ainda nesta terça, os ministros também analisarão se tornam réus o ex-presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás) Aldo Guedes e o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), as empreiteiras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa teriam realizado doações ao PSB -partido do senado na época, relacionadas à construção da Refinaria de Abreu e Lima, da Petrobras.

A denúncia da PGR diz que recursos seriam contrapartida pelo apoio do governo às obras e à concessão de vantagens fiscais.

LEIA TAMBÉM » Defesa de Aldo Guedes não aceita decisão de Carmen Lúcia e recorre ao plenário do STF » Aldo Guedes sofre derrota no STF e inquérito continuará com Fachin Ainda de acordo com a PGR, parte da quantia seria destinada à campanha de reeleição de Eduardo Campos (PSB) -morto em 2014 em uma tragédia aérea, ao governo de Pernambuco em 2010.

Já Aldo Guedes e João Lyra são acusados pela PGR de atuarem como operadores para viabilizar o repasse da propina. À época, o senador FBC era secretário de Desenvolvimento Econômico do estado e dirigente do Porto de Suape.

O julgamento teve início na semana passada com a leitura do relatório pelo relator da Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, e as sustentações orais dos advogados das partes.

Também se manifestou o representante do Ministério Público Federal (MPF).

A sessão desta terça será retomada com o voto do relator. » Exclusivo: Em defesa na Lava Jato, Fernando Bezerra Coelho aponta Mendonça e Jarbas como responsáveis pelos benefícios tributários questionados por Janot Senador esperançoso Durante o debate da Super Manhã na Rádio Jornal, nessa segunda-feira (27), o senador Fernando Bezerra Coelho reafirmou sua inocência e afirmou que sua “filha é limpa”. “Estou na vida pública há 35 anos e nunca tive uma sentença condenatória transitada em julgado.

Estou esperançoso com o arquivamento dessa denúncia”, disse o peemedebista.