Sem citar nome, Edilson Silva diz que Áureo Cisneiros tem ‘posturas desonestas’

Com alarde, surge mais uma briga interna no PSOL, envolvendo o deputado estadual do partido Edilson Silva.

O estopim da vez foram críticas feitas a Edilson pelo presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Áureo Cisneiros, e pelo deputado estadual pelo Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), em um programa de rádio, na sexta-feira (24) à tarde. Áureo se coloca como pré-candidato a governador em 2018 e é filiado ao PSOL.

Freixo veio ao Estado convidado por Áureo para uma palestra.

Segundo Áureo, na rádio, o seu requerimento de CPI não teve qualquer apoio do deputado Edilson Silva, que estaria inerte sobre a iniciativa.

Já Marcelo Freixo, na mesma rádio, disse que esta não pode ser a postura de um deputado do PSOL, dizendo que um parlamentar do partido tinha obrigação de fazer o enfrentamento da questão.

Avisado por seus assessores, Edilson não gostou e reagiu em uma postagem, horas após, em uma rede social.

Edilson, segundo membros do próprio PSOL, criticou Áureo.

Segundo o deputado, o policial “vai à imprensa dizer que nosso mandato não está defendendo a abertura de CPI”. “Ninguém com posturas desonestas assim constrói algo positivo”, rebateu Edilson sobre as críticas de Áureo Cisneiros.

O líder do PSOL na Assembleia justificou que são necessárias 17 assinaturas para a CPI e que está sim mobilizando os parlamentares. “O sujeito faz um protesto na Alepe pedindo CPI.

Nosso mandato apoia e se soma à iniciativa.

Assumimos a pauta”, justificou Edilson.

As falas de Edilson Silva contra o seu correligionário Áureo Cisneiros, segundo fontes no próprio PSOL, só ajudam o governo do Estado em seus processos administrativos disciplinares contra Áureo Cisneiros.

A Secretaria de Defesa Social instaurou vários PADs contra Áureo Cisneiros, policial concursado.

Segundo a versão de Áureo, se trataria de suposta “perseguição política”. “É lamentável que Edilson mais uma vez ataque membros do PSOL, fortalecendo os ataques do Governo ao nosso companheiro e deixando de fazer a oposição para a qual foi eleito”, criticou um membro da direção estadual do PSOL, sempre sob reserva de fonte.