Sem alarde, o presidente da Assembleia, deputado Guilherme Uchôa (PDT), arquivou o pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) apresentado pelo pré-candidato ao governo do PSOL Áureo Cisneiros e pelo professor Michel Zaidan. Áureo é presidente do Sindicato da Polícia Civil e foi alvo de vários processos disciplinares.

Segundo Áureo, são decorrentes de “perseguição política”.

Zaidan é conhecido por críticas aos governantes filiados ao PSB e foi processado pelo governador Paulo Câmara por colocações feitas em artigos no blog.

Citando as operações da Polícia Federal sobre o Governo do Estado, inclusive a recente Operação Torrentes, o pedido de CPI era para apurar os supostos desvios de recursos destinados às enchentes na Mata Sul.

O pedido foi dirigido a Guilherme Uchôa e protocolado em 16 de novembro. “Não obstante estes indícios de corrupção estejam sendo investigados pela Polícia Federal, é dever da Assembleia Legislativa fiscalizar o Poder Executivo e a instauração da CPI é um dever que se impõe, posto que esta casa deve ser a caixa de ressonância da sociedade pernambucana, que anseia pela moralização da coisa pública”, argumentaram os requerentes.

O presidente da Alepe arquivou o pedido de investigação por falta de “fato determinado”, uma exigência regimental, segundo pareceres que instruíram o indeferimento. “Arquivada, por não reunir requisitos elementares à tramitação, sobretudo em razão de ausência de legitimidade dos subscritos.

Além da falta de legitimidade, não se indica fato determinado, sendo insuficiente mera remissão a operações policiais notificadas pela imprensa”, escreveu Guilherme Uchôa.

Ainda não há notícia se o deputado estadual do PSOL irá usar a prerrogativa regimental de recorrer ao plenário sobre este arquivamento.