Os deputados estaduais componentes da Frente Parlamentar em Defesa da Hemobrás visitaram a fábrica de Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), em Goiana (Mata Norte).

Os parlamentares Priscila Krause (DEM), Socorro Pimentel (PSL), Roberta Arraes (PSB) e Ossesio Silva (PRB) foram recebidos pelo gerente de Incorporação Tecnológicas e Processos da unidade fabril, Antonio Edson Lucena.

Os representantes do Poder Legislativo estadual conheceram todo o complexo que, quando estiver completamente concluído, contará com mais de 15 blocos.

De acordo com a deputada estadual que coordena a Frente, Priscila Krause, a visita foi fundamental para que o grupo conhecesse a grandiosidade do investimento, que tem condições de modificar por completo a realidade socioeconômica da Mata Norte e, mais importante, dar autossuficiência ao Brasil na produção nacional de hemoderivados e medicamentos recombinantes.

Ela disse que, no mundo, apenas quinze países possuem fábricas de alta complexidade para produção de hemoderivados e apenas três fabricam o fator VIII recombinante. “É preciso que os pernambucanos tenham conhecimento sobre a dimensão desse investimento, a importância dele para a saúde pública, e como é decisivo que viabilizemos os investimentos restantes, bem como se arranje de forma positiva as relações comerciais e técnicas com as empresas parceiras”, registrou.

No bloco B01, de recepção e triagem de plasma, os deputados conheceram uma área de 2,9 mil metros quadrados, onde ocorrem a recepção, triagem e estocagem do plasma humano brasileiro, matéria-prima dos medicamentos do sangue que serão produzidos no País.

O plasma é armazenado numa câmara fria a -35°C. “A permanência da fábrica da Hemobrás em território pernambucano é de grande importância para todos nós, levando em conta os recursos públicos já investidos”, disse a deputada Roberta Arraes. “O Brasil precisa da Hemobrás”, disse Ossesio Silva.

Para a deputada Socorro Pimentel, “todos nós pernambucanos temos a obrigação de estarmos envolvidos, engajados e comprometidos para que o Ministério da Saúde cumpra com sua parte e conclua com a máxima celeridade essa obra que servirá para manter e salvar muitas vidas em nosso País”.

Segundo os parlamentares, desde o início de 2017, a Assembleia Legislativa acompanha as ameaças em torno da Hemobrás.

Em março, a Folha de S.

Paulo publicou editorial sublinhando a possibilidade de a Empresa perder espaço para o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.

Em junho, a imprensa também noticiou a possibilidade de projeto capitaneado pelo ministro da Saúde levar a parte mais significativa do que está projetado para a planta de Goiana – a produção do fator VIII recombinante – para uma unidade a ser instalada em Maringá (PR).

Após manifestação de representantes políticos pernambucanos, o governo federal recuou.

A fábrica da Hemobrás está projetada para produzir sete produtos: albumina, complexo protrombínico, fator IX plasmático, fator VIII plasmático, fator VIII recombinante, fator de von Willebrand e imunoglobulina.