A concha acústica da Escola Municipal Barão de Suassuna, em Escada, na Mata Sul pernambucana, foi usada no último fim de semana para a Festa da Padroeira, que teve shows de forró e ingressos vendidos na cidade.
Enquanto isso, os estudantes ficaram sem aulas na tarde e na noite de sexta-feira (24).
A permissão que o espaço fosse usado para a festa privada levou o prefeito Lucrécio Gomes (PSB) a ser alvo de uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
LEIA TAMBÉM » Com salários atrasados, Águas Belas cancela festa » Artistas se reúnem para cobrar aumento de cachês e prazos de pagamentos A escola tem cerca de 1,3 mil alunos.
O socialista foi alertado de que ceder prédios ou bens da administração pública para atividades ou festas particulares com finalidade lucrativa pode configurar-se como improbidade administrativa.
Além disso, deverá revogar todas as autorizações já concedidas e provar ao Ministério Público. » Em São Lourenço, prefeito tentou ‘peitar’ TCE na Justiça para fazer a festa com Safadão » Trindade gastou R$ 780 mil com festa.
TCE pega no pé O promotor de Justiça Ivo Pereira de Lima chamou atenção de que a permissão para a iniciativa privada deve ser apenas para eventos que não gerem lucro e com fins de interesse público.
Na recomendação, Lima ainda considerou que o uso da escola para a festa rendeu prejuízo ao calendário escolar dos alunos, por ter levado ao cancelamento das aulas.
Além disso, para ele, desrespeitou os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, norteadores da administração pública.